Um pouco menos artesanal do que o primeiro desfile, do André Sampaio, a equipe da ASAP apostou mais no tecnológico minimalista dos neoprenes de moda e cortes geomètricos. Aliás, mais recortes do que cortes, desde o maiô branco da abertura, com decote com sobra nas costas até os coletes/vestes com estampas planetárias. Só que não, jà que na terceira entrada surgiu o longo com cantinhos na barra feitos de…palha! Lindo, e seguido por mangas de palha em outro look, uma frente de palha em veste.
Sem as palhas, mas com a qualidade artesanal, uma dupla de vestido e casaco de tricô com algernância de pontos frouxoe e fechados, em preto. Ou em dourado, tambèm com pontos soltos na barra.
O tema era Versus, tipo silêncios do vazios contra o ruído das multidões, o barulho das buzinas ou ver o cèu através dos reflexos dos vidros. No visual, notou-se a queda para um minimalismo, devidamente acrescido do toque regional. É usável ou muito duro para a vida real? Não sei como se mantém um vestido com mangas de palha, mas no mundo ideal de um desfile foi uma prova de competência do design de Renan Schmidt e Pedro Damasio, que suponho serem os autores, de acordo com o texto de coleção.
Acessórios: bolsas retangulares de acrílico azul, sandálias baixas brancas e óculos com lentes cobertas de tressê de palha, da Zerezes

Fotos Roberta Braga, Leila Motta e Ricardo K

 

E mais / patrocínios são fundamentais para que um evento deste porte saia do projeto. Claudio Silveira, o roganizador geral, sempre faz questão de frisar a importância do Senac, Riachuelo, Coelce, do shopping Riomar, Docas e do governo do Ceará. Divulguem o evento, não me divulguem – pediu na coletiva de imprensa. Ué, Claudio, se nào é você correndo atrás destes patrocínios, aí é que o Dragão não acontece / e ele está na maior animação com esta 16a edição. “Vocês vão ter muitas surpresas!” / e já para a próxima edição, ele promete o Mano a Mano, parceria com eventos da América Latina. Estratégia perfeita.

 

fotos Iesa Rodrigues