Sou assumida rata de shopping. Costumo definir que são os museus dos tempos atuais, e que cumprem uma missão de civilização no entorno onde se instalam. Portanto, conheço todos os shoppings das cidades por onde ando no mundo. E concluo que o Village Mall, construído pela Multiplan (a mesma do Barrashopping, do Morumbi Shopping, etc) é o mais bonito que já vi. Grande, espaçoso, com um mix equilibrado, misturando marcas internacionais ao lado de nacionais, sem preconceitos.

A festa de inauguração também foi surpreendentemente perfeita, animada, os convidados se encontrando e conversando rapidinho. Estações de risotos e massas do bufê Aquim, que também providenciou serviço volante de quitutinhos ótimos, champanhe o tempo todo, sem deixar de ter Coca-cola e guaraná diets e normais. DJ, banda, tudo na medida certa. O serviço de manobristas (até a hora em que saí de lá), rápido e impecável. Não me arrependi de ter ido, pelo contrário, me diverti muito.

Vejam alguns lances da abertura do Village Mall:


Pierre Cornet-Vernet levou seus macarons da Paradis para a festa e lançou os sorvetes – não percam o sabor de pistache e o de damasco confit com pistache caramelizado. Melhores que os equivalentes da Berthillon, na île St. Louis

Victor Dzenk estava feliz com sua loja decorada pelo Jairo de Sender. Na loja ao lado, os acessórios do Jorge Bischoff; pertinho, as sandálias metalizadas da Schutz

Moda praia? Na Adriana Degreas, a vitrine mostra o maiô branco e um cáftã com estampa de calçadão – simpático! Na Blue Man, tem sungas e biquínis, mas foquei hipnotizada pela parka preta que servia de saída de praia

Maneira, a loja-conceito da Phebo, com projeto da Bel Lobo. Além de todos os sabonetes maravilhosos, é a única loja do grupo Granado que vende a linha de maquiagem com 200 ítens sem parabeno nem fragrâncias artificiais. São nove tons de base, para embelezar desde as peles mais branquinhas até as mulatíssimas

Joias, tem os anéis Trinity da Cartier (mania pessoal), os brilhantes da Tiffany e…os anéis triplos do Ara Vartanian. Que pedras, que cores!

Tem que subir os quatro andares de escadas rolantes (cuidado, o piso dos andares está escorregadio) para ver o espaço aberto. Se de noite estava surpreendente, imagino durante o dia, com vista para lagoas, montanhas e céus

Gostei da Kate Spade e da Tory Burch. As bolsinhas coloridas da Kate são cobiçáveis. Pertinho, está a Red Valentino, toda branca, com vestidos pretos cobertos de lacinhos em bonecas brancas articuladas. A Sephora ainda está com prateleiras vazias, ai, que curiosidade.

Já a MiuMiu, ainda fechada, atraiu a atenção pelo e-mail impresso em um lado do tapume: <recruiting.brasil@prada.com>. Olha o emprego aí, gente!

Fernanda Lima ocupou a tribuna dos discursos, abriu caminho para José Isaac Peres, idealizador do projeto, líder da Multiplan, merecedor de todos os parabéns por este empreendimento

Quase saindo, encontro Claudia Jatahy, do grupo Animale. Quietinhos, aos poucos, vão competindo com o AMC, de Santa Catarina, pelo número de boas marcas que reúnem – a própria Animale (há 20 anos), A. Brand (mais exclusiva, tecidos importados, edições limitadas), FYI (mais jovem), mais a sociedade com a Farm e a Fábula e o restaurante Alessandro e Frederico. Duas novidades: a linha Home, com aromatizador de ambientes, água de passar e difusor em palitos. E as jóias, assinadas pela Claudia, com uma pegada diferente, sem perder a preciosidade. Um exemplo, as pulseiras que a Claudia usava, em ouro rosê, amarelo ou branco, com acabamento acetinado, todas montadas com spikes.  “Estamos trazendo as jóias para o mercado da moda, ação que ainda está começando no Brasil, mas lá fora muitas marcas já desenvolvem suas próprias linhas de joias”, comentou Claudia.

As vitrines da Louis Vuitton são as mesmas no mundo inteiro. Agora, é a vez dos amuletos da sorte: trevos de quatro folhas dourados e ossinhos de galinha prateados cercam as novas bolsa, carteiras e maletas. Muito padrão Damier (adoro) e agora sapatos também. Segundo Patricia Romano e Priscilla Monteiro, attachés de presse da Louis Vuitton, dentro da loja, há móveis do Sergio Rodrigues, jardim e laguinho com carpas. Quando abrir, na quarta-feira, vamos ver a coleção LV Cup, criada para os torneios de velas e iatismo que a grife patrocina.

Fiquei com uma impressão – se eu fosse comerciante, e não estivesse no Village Mall, estaria arrependida agora…

Fotos Ines Rozario

 Alguns shoppings bonitos

O Bal Harbor, de Miami, pela elegância e o silêncio que reinam nos corredores cercados de marcas globalizadas

O Nordstrom, de São Francisco, porque adoro as escadas rolantes em curva, com corrimões verdes

O Gum, de Moscou. Mas no tempo do regime comunista, quando só vendia inseticida e mochilas velhas