Rio Moda Hype, nova fase

A dúzia de estilistas foi reselecionada, alguns nomes foram trocados, e o resultado revelou bons candidatos a novos talentos, que é a próxima etapa dos iniciantes. A própria empresa está mudando, abrindo um instituto de conceito mais cultural, inaugurando loja em setembro. Vamos aos primeiros desfilantes:
ADPAC: Adriana Pacheco começou com bolsas feitas de câmaras de pneu recicladas, continua com o jeito rústico, mas com mais tecnologia. Luz del Fuego, a atriz nudista foi a musa dos leggings cortados como cobras, das estampas de Ilha do Sol, e dos ótimos regatões de aqualoucos, listrados. Outro toque masculino de efeito: o capuz de estampa de cobra.

Stefania Rosa: Muito bem feita, a roupa geométrica, com recortes ou estampas tiradas da obra do suíço Escher. O vestido de desenho de peixes que viram pássaros foi destaque, mesmo que a gravura original já tivesse sido vista em outras coleções. O que não tira o valor da estréia da Stefania

Random: outra boa estréia da Hype. Misto do estilista curitibano Jefferson Kulig com o grupo OEstudio, esta marca promete trilhar roteiros surpreendentes. Pelo menos, nesta primeira edição apresentou bem as roupas simples, em materiais sintéticos, com equipamentos de captação de energia solar. Botas Sete Léguas completaram

Athria Gomes: o sucesso tem suas desvantagens. Athria já tem um séqüito de admiradores e adeptos, que podem ter se decepcionado com a frieza deste desfile. A roupa das freqüentadoras da Av. Atlântica não foi valorizada na passarela, apesar das belas estampas de flores tropicais (strelitzias).

No Hay Banda: as meninas paulistanas vieram com Macunaíma. Mas podiam ter limpado mais as roupas, aproveitado os detalhes com mais parcimônia. Bem, fazer demais é indício que é possível reduzir.

Despi: esta é craque. Desde a escolha do colorido, das flores selecionadas como ícones das estampas e aplicações de pedras. Os vestidos cavados combinam este trabalho artesanal com uma bela modelagem, realista. Flor do dia: brinco-de-princesa