O desfile sempre tem um impacto de estilo, música, ambiente. Se não tiver este tipo de invólucro, fica igual a show-room com roupas nos cabides. Desde os tempos do Hedi Slimane a Dior Homme tem um pique especial, de homens magros, robóticos, rápidos, um tanto sombrios. Às vezes, até vampirescos.
Agora quem assina o masculino é o Kris Van Assche, mais um belga talentoso. Ele seguiu a linha do estilo cool, frio mesmo, de shape estreito, cinturado por uns cintões que parecem com os de segurança de avião. Tudo escuro, em preto ou azul, fechado.
Mas com um grafismo de círculo e triângulo que lembrou algo ligado a maçonaria, depois fiquei sabendo que a referência é o filme Gattaca, um cult de ficção científica de 1997, meio desprezado como bilheteria, mas curtido por quem viu e gosta do gênero. Mas que o símbolo também lembra um figurino de Star Trek, lá isso lembra.
Alguns detalhes: as mangas de nylon nos casacos e blusões, predominância do preto. O branco não deu muito certo, veio em uns vinis sinceramente…deselegantes.
A trilha predominante foi a Anne Clark, em Our Darkness (https://www.youtube.com/watch?v=TrI715zi5YQ)
Intervalo / haja gel, gumex, gomalina e outros produtos que colam os cabelos na cabeça masculina. Todos com repartidinho certinho, nuca batida. Daqui a algum tempo vamos chegar ao Príncipe Danilo, o corte tradicional militar
Fotos Marina Sprogis