Eloysa no tempo em que mostrava a planta do Fashion Business na Marina da Glória

Paulo Borges na coletiva da SPFW de inverno, que quase virou uma conferência,

pelas perguntas genéricas que foram feitas

 A notícia da temporada na moda brasileira foi a unificação do Fashion Business e do Rio à porter. O novo evento será organizado pela Dupla Assessoria e pela Escala, as empresas que sempre tomaram conta do Fashion Business, desde que ele fazia parte dos primeiros Fashion Rio, no MAM.

Quando a Firjan passou o Fashion Rio para as mãos do Paulo Borges, da Luminosidade, precisou criar um nome e um espaço para as vendas no atacado, já que o nome Fashion Business era registrado por Eloysa. Assim, paralelamente aos desfiles no Pier Mauá, acontecia o Rio-à-Porter.

Mas há o fator humano, como sempre. Por maiores que sejam as equipes, por mais competentes que sejam os funcionários, na área de moda deve haver um diretor de criação. Paulo e Eloysa, cada um tem suas características e vantagens. Paulo propiciou a formação de uma geração de jornalistas de moda no país, convidando repórteres que vinham de Manaus a Porto Alegre para assistir aos desfiles na São Paulo Fashion Week. Ele definiu um estilo de apresentação mais rígido, dentro dos padrões internacionais. E quando assumiu o Fashion Rio recebeu da Prefeitura do Rio o Pier Mauá, um local lindo, apesar de meio complicado, por ser em um dos pontos mais quentes da cidade. O conhecimento da cultura climática carioca era pouco, e foi difícil enfrentar a primeira edição, com 50 graus dentro do armazém onde ficava o Rio-à-Porter.

 

Eloysa apostou em grandes marcas para desfiles que fariam bonito em qualquer lugar do mundo e atraíam a imprensa internacional. Lenny, Mara Mac, Salinas, Victor Dzenk eram shows espetaculares. Mas sua paixão sempre foi a comercialização, a concretização de negócios da moda. Compradores vips de todo o país eram convidados e fechavam suas escolhas de inverno ou verão. Ao lado de marcas famosas, havia espaço para polos, artesãos e cooperativas, além da criação de alas para inovações no varejo, como materiais de vitrine e música ambiente. O calor também perturbou algumas edições, quando as tendas viravam fornos na Marina da Glória.

 

Espera-se que o nome continue o mesmo, Fashion Business, quando se abrirem as portas do Centro de Convenções Sul América – um lugar confortável, com estacionamento, muito espaço e próximo dos aeroportos e rodoviária. Espera-se que política e vaidades fiquem ao largo do salão de negócios, que sejam permitidos os desfiles tipo look-book, muito eficientes e que dão imagens para a mídia.

O novo evento será realizado de 16 a 19 de abril, mostrando as coleções de verão da moda brasileira.

Fotos Ines Rozario