Natura com maracujá

Em fevereiro deste ano visitei os laboratórios da L’ Oréal, perto de Paris. O tema principal das pesquisas era a ação anti-envelhecimento. Vi processos e resultados, assisti a apresentação que mostrou como a pele enruga e perde a firmeza. Tudo é motivo de estudo e experiências com voluntárias, que se prestam a fotografias tipo antes e depois dos tratamentos. Impressionante e convincente.

Hoje, em outubro, soube que a Natura também está empenhada na luta contra o envelhecimento da pele, durante um almoço no Olympe, restaurante do chef Claude Troisgros, no Jardim Botânico (Rio de Janeiro).

Ana Paula de Oliveira, integrante da equipe de pesquisas da marca comentou a apresentação que mostrava que o mercado dos cremes de beleza (isto é, de consumidoras que querem usar este tipo de tratamento) é de cerca de R$ 806 milhões, 82% dos quais estão na venda direta, via consultora.

O envelhecimento da pele se deve a três fatores básicos:
1. o intrínseco, infelizmente é o genético, que define em quanto tempo aparecem os sinais
2. extrínsecos, principalmente a radiação solar, além da poluição
3. estilo de vida, quer dizer o estresse, cigarro, alimentação

No aparelho Vision, instalado nos laboratórios da Natura, em parceria com a Universidade de Santa Catarina, detectam-se via fotos com vários tipos de lâmpadas, os chamados microdanos: manchas, processos microinflamatórios e porfirinas (que são resíduos diversos). Destes, os piores são os processos microinfamatórios, justamente os que são combatidos pelos flavonóides de passiflora, extraídos da Passiflora alata, espécie de maracujá doce, plantado em São Paulo.

Enfim, Ana Paula mostrou os potinhos azulados do novo Chronos, instalados em uma das mesas do restaurante, a cor combinando com os agapantos da decoração. Para o dia, o produto tem FPS 15 e proteção anti UVA. Por que tão baixo o FPS? Segundo Ana Paula, os filtros em geral têm baixa fotoestabilidade à luz do sol, “Um fator mais alto dura pouco na pele”, acrescentou. Para a noite, a fórmula com ceramidas de maracujá evita que a pele se desidrate. Mais uma vez, a linha vem com especificações para 30, 45 e 60 anos. A novidade é a bula eletrônica, em miniDVD, cheio destes detalhes técnicos. Hum…miniDVD não roda no meu MAC.

A linha Chronos atende a peles secas até um pouco oleosas. Bem pouco, porque não é um produto para as muito oleosas. Pela primeira vez ouvi alguém explicar que estas peles podem desenvolver uma acne cosmética, devido ao uso de produtos indevidos. Aprendi por experiência própria, estes danos do parabeno no filtro, do álcool nos tônicos, etc.

Os preços da Chronos são R$ 69,80 pela embalagem regular e R$ 55,80 pelo refil.

A Natura tem um centro incrível, todo informatizado e robotizado, em Cajamar / São Paulo, uma fábrica em Belém onde é feita a massa dos sabonetes, inteiramente vegetal. Em Paris, na praça da Cruz Vermelha, há um centro avançado para tratamentos de pele e pesquisa de embalagens, as consultoras começam a trabalhar por lá. Em breve, o Rio ganhará duas Casas Natura, locais dirigidos às consultoras, onde elas terão mais contato com os produtos, vão tirar dúvidas. O México é um mercado forte para a Natura.

Um produto comprado demora entre 48 e 72 horas para ser entregue. Em alguns casos, as comprinhas chegam de barco, como na Amazônia. Na maquilagem, o hit ainda é o batom, o batom Zip foi um sucesso que virou um desafio ser produzido para atender aos pedidos. Mas são os perfumes, masculinos e femininos, que puxam a fila dos best-sellers da marca.

O cardápio
Parecia uma cena do fime Ratatouille, cada prato vinha empilhadinho, delícias que iam sendo desmontadas pelos convidados. Para começar, um frozen gazpacho, com legumes na plancha, queijo de cabra St. Maure (devem ser super-cabras, capazes de produzir este quitute) e tapioca com caviar. O prato principal, um cherne com banana d’água caramelada, molho de passas, cebola, limão, ervas e purê de batata baroa. De sobremesa, uau, um cheesecake com goiaba confit, sorvete de goiaba e petit sablé. E com o café, um crocante de chocolate. Super chef Troisgros.

Ronda da Ines


Pode ser o DNA, a genética, o que for. Agora, é a minha filha, Ines Rozario, que sai em busca de novidades. A linguagem mudou, porque ela prefere fotografar, mas depois conta tudo. Hoje viu a renovação da Chifon, na loja de Ipanema. A coleção tem batas, vestidos estampados (R$ 94), cache-coeur longuete, calças básicas, jeans. A loja está uma graça, arquitetônicamente, bem iluminada. (rua Visconde de Pirajá, 592, entre Aníbal de Mendonça e Henrique Dumont, no finalzinho de Ipanema)

Atravessou a rua e se encantou com a lojinha do Estação Ipanema. Os produtos são ligados ao cinema, desde almofadas a roupas de bebê, cestinha de papéis a bandejas de vários tamanhos, com imagens de Audrey Hepburn, Amelie Polan, Beatles. Boas idéias de presente, com preços em torno dos R$ 50

Mais adiante, a HomeGrown, espaço com vista para o Cristo (os sócios designers abriram uma janela em uma parede), e prateleiras com peças da Addict, Zapping, Lanho, Irie, Cuba, bolsas da Taís Leão (R$ 130), vidros soprados por Marcos Chamusco, resinas de Silva Lima, e uma mesa de camisetas em promoção, por R$ 40. (rua Maria Quitéria, 68, 3ª andar, esquina de Visconde de Pirajá)

Mais um comentário meu (Iesa), sobre o Marco Maia, da Santa Ephigênia: lá do céu, ele deve ter ficado feliz de ver suas queridas clientes colunáveis, lindas, muitas vestindo peças de suas coleções (como

Rosamaria Murtinho, de jaqueta jeans bordada) na sua missa. Não vi todas, mas sei que lá estavam Tanit Galdeano, Fernanda Basto, Madeleine Saade, Ana Sillos, Waleska Fragoso, Tania Caldas, Bebel Malzone, Patricia Tanure e as filhas, Suely Stambowsky, Liz Machado, Marcela Virzi, os amigos Napoleão Lacerda, Ivan Filgueiras, enfim, aquela fila A maravilhosa. Que vai prestigiar o Luciano Canale, sem dúvida.