Maiô chique, duas peças, estampas de folhagens, shorts, macacões – tudo isto, todo mundo faz na moda brasileira. Quando se sabe que é da Osklen, espera-se algo mais. Nem que seja na produção do desfile, na música ou mesmo na dificuldade de conseguir o convite. O lançamento da Osklen Praia confirmou as qualidades da marca. Além do local ser uma casa de eventos no alto da Glória/ Santa Teresa, na Villa Phillippe; da música francesa falando de amor, amigos e aventura e do aviso prévio que seriam poucos convidados e quase nenhum fotógrafo (no fim, entram todos, claro), a coleção chamou a atenção pelo brilho sedosos dos biquínis de alças cruzadas na frente, pelo jogo de telas transparentes e estampas de folhas de palmeira (típicas da Osklen), pela graça dos vestidos de salva-vidas e as bolsinhas em forma de abacaxi. Mais as sandálias com folhas douradas na frente, lembrando os modelos dos anos 1960 que faziam sucesso em Ipanema (da Silvina e Cândido), os cabelos em rabo de cavalo e a simplicidade generalizada.
Poderia ter sido feito em lugar menos suntuoso? Ter música banal, um batidão qualquer? E distribuir convites por toda a cidade? Sim, poderia, a coleção resistiria bonita.
Mas não seria a Osklen.
Fotos Ines Rozario
Ficha
Direção criativa: Oskar Metsavaht, Bianca Brandolini e Alexia Niedzielski
Fashion designer: Juliana Suassuna
Styling: Pedro Sales
Beleza: Silvio Giorgio
E mais: Na platéia no jardim da Villa Phillipe, Gloria Maria, toda de branco, recém-chegada de Myanmar. E ela disse que ainda faltam alguns lugares neste planeta para conhecer!. Constanca Basto, anunciando mudança de planos depois de fechar a marca de acessórios (maravilhosos) e sair do hotel Santa Teresa. E Thomaz Azulay, avisando que já-já volta ao circuito da moda. Está em ano sabático? “Não! No máximo, um mês sabático!”, respondeu / a sala de imprensa está congelante. Antes assim, do que pegando fogo como em São Paulo