Relatividade
Enquanto esperava alguém no terminal Menezes Cortes, um prédio que conjuga estacionamento e shopping no centro do Rio, claro que olhei vitrines. Tem quiosque de gravatas, de água purificada, de bolsas e mochilas para laptop, lojas de biscoitos, pilhas para relógios, canetas, bolinho de bacalhau. E bijuterias, muitas. Por uma fixação pessoal, parei para admirar os pingentes de corações, na Bijounath (bem, a fixação é no coração de brilhantes da Tiffany’s. Mas quem não tem Tiffany’s, se contenta com bijuteria de estacionamento). Do meu lado, duas mulheres, se dizendo apressadas para pegar o ônibus (lá tem ponto de frescões diversos), mas que não resistiram e também pararam. Sério, algumas peças pareciam jóias, cheias de pedrinhas e cristais. O preço de um brinco era R$ 29,90. Não era R$ 290, era 29. Uma das colegas de vitrine comentou. “Hum, é bonito. Mas este preço…deve ter banho de prata, não é?”
Fiquei hipnotizada pelo comentário. Primeiro, porque era um baita brinco, e R$ 29,90 achei até barato. Depois, por quanto ela esperava comprar o dito? R$ 5? E se tivesse prata, custaria só R$ 29,90? Gente, o pessoal está perdendo a noção dos preços ou sabem de algum point super-extra-barato, que ainda não conheço?