Cinelândia, point que se reconhece de olhos fechados
A alta do dólar faz com que a cidade receba turistas vindos de todos os lugares. Ouve-se inglês, espanhol, francês (muito!) tanto na zona norte como na zona sul. Fico impressionada como estes viajantes descobrem points para visitar.
Mas minhas sugestões são outras. Tipo, clima! Para curtir algo além do calorão de quase 50 graus:
Primeiro, a praia. Diferente das praias do Norte e Nordeste, a água do mar aqui no Rio é gelaaaada. Quente, só a areia na hora em que decidimos sair, voltar para casa ou para o hotel. Queima os pés!
Calor mesmo, é na Praça Mauá, um dos pontos mais quentes da cidade. Está linda a região, virou visita obrigatória. Desde que munidos com a tradicional garrafinha de água mineral, para se defender da sede.
Querem sentir frio? Subam até a pracinha do Alto da Boa Vista. Acho melhor ir de carro alugado, para ter mais liberdade. É o oposto da praça Mauá, o lugar onde acontecem as temperaturas mais baixas da cidade. Melhor ir pela Tijuca, subindo a rua Conde de Bonfim. Evitem a rua São Miguel
Um fenômeno frequente no Leme, a maresia. Uma espécie de névoa geladinha, com cheiro de mar.
Para mim, um dos lugares mais cariocas, daqueles que se reconhece de olhos fechados – além da aterrissagem e saída do avião no Santos Dumont, com o impacto do calor e cheiro de mar -, é a Cinelândia. Uma delícia, o vento nas esquinas da rua 13 de Maio, entre o Largo da Carioca e a rua do Passeio. Só não se consegue controlar os cabelos, é um descabelamento total! Aproveitem para almoçar no Elias, na rua Evaristo da Veiga, curtir a livraria Cultura, na Senador Dantas e trocar a bateria dos relógios no camelô que fica em uma escadaria, na Travessa dos Poetas de Calçada. Alguém me explica por que estes relógios vivem precisando de bateria? Aliás, tem um bom enderecinho ali perto, para comprar pulseiras de relógio, na Senador Dantas quase esquina da Avenida Chile.