A partir do movimento atual de refugiados pelo mundo, principalmente pelo mar Mediterrâneo, Ronaldo Fraga nos envolveu em histórias de re-existência dramáticas e verdadeiras, traduzidas em roupas. Segundo o texto de apresentação, a roupa é a única ligação com o país que deixam para trás, a chamada roupa do corpo. Confesso que fiquei tão envolvida pelo texto (que vou postar quando acabar esta semana de desfiles), que quase não me liguei nas roupas. E ainda havia o fundo em LED, com desenhos maravilhosos do próprio! Forcei-me a detalhar os looks de tecidos amassados em macacões, as vestes multicoloridas, os modelos de emendas com alinhavos contrastantes. A estampa principal repete os croquis da coleção, tipo peça para ter e colecionar. Gosto mais no lote de tons azulados, os vestidos listrados e barrados, os barquinhos de papel aplicados. No final, vestidos dourados e brancos com correntes douradas.
Concepção geral: Ronaldo Fraga; direção de desfile: Roberta Marzzola; beleza: Marcos Costa; acessórios de acrílico: Aramez; tricòs: Ana Vaz