Mesmo que seja completamente anti-consumo, deteste compras, odeie lojas. Se vai para Londres, atualmente é obrigatória a visita à Selfridges, na Oxford Street para admirar a Shakespeare Refashioned: a loja inteira e as vitrines estão celebrando Shakespeare. Versos dos poemas e das pecas (ele só escrevia em versos, ainda por cima!) cobrem as vitrines, que mostram roupas criadas por designers. McQueen (a grife), Issey Miyake, Westwood, Givenchy, Rodarte, Dries van Noten e Margiela fizeram maravilhas. No interior da loja, cada escada rolante começa com um busto branco do genial William Shakespeare, com o rufo de acrílico colorido. Um painel com outras peças explica a campanha toda, ao lado de um exemplar de camiseta branca com um poema impresso. No Press Day (dia de apresentação para a imprensa), esta simples pecinha, em cashmere custava…170 libras (multiplica por cinco, por favor, para saber em reais).
Como sempre digo, a moda pode ser cultura. Esta temporada da Selfridges vale por um museu. Quando vamos ao museu compramos uma obra? Não, no máximo nos contentamos com uma coisinha da loja que nos aguarda no final das exposições. Portanto, podemos ir à Selfridges e admirar a ode ao bardo, sem gastar nada.
E mais / em Londres, os taxis tradicionais são fáceis de conseguir, em horários calmos _ a partir das 17h vai ficando difícil. O Uber funciona muito bem. E os ônibus vermelhos são as melhores opções – confiram no celular quais as linhas que atendem ao roteiro desejado. Comprem nos caixas automáticos um cartão Oyster. Eu carreguei com 15 libras e andei o dia inteiro de ônibus. Como é verão, não aconselho a pegar o metrô, fica muito quente / falando em celular: raridade, hotel com wifi gratuito em Londres. Em geral, custa em torno das 10 Libras por 24 horas, e para um equipamento apenas. Vale fazer os planos da Vivo – tem um por R$ 9,90 por dia de uso que resolve para os whats app e outro por R$ 29,90, mais poderoso, também por dia de uso / uma Renner podia fazer algo parecido, quem sabe, uma campanha com Olavo Bilac?