Uma das vantagens de acompanhar a evolução de uma marca é ter na memória seus trabalhos anteriores. Só que não, pelo menos no caso da Glória Coelho, que anunciou esta coleção como uma volta às origens. Teria lembranças da coleção punk, das bonecas, dos cowboys, do surrrealismo. Que nada: só pelas botas deu para reconhecer algo dos cowboys, e olhe lá. Também nem precisava seguir tudo ao pé da letra, o que vale é a beleza dos hoodies, (cinza ou vermelho), as capas, o corte de trench em costas de outras peças, os coletões, tudo na perfeição eternamente exigida pela Glória. Isto é a eterna volta às origens.
E mais / uma coisa a Glória mudou em relação às suas origens. Antes havia uma fixação nos horários de desfiles. TINHA que começar em determinado horário por causa dos planos astrais, da numerologia, etc. Hoje, o atraso de uma hora deve significar que a Glória está mais tranquila e relax / chove e faz 16 graus em São Paulo / ah, tudo bem, não se enfia o pé na neve nas semanas de Paris e chafurda na chuvarada em Nova York?