Foi mesmo, porque a partir de um livro sobre um circo fundado no Paraná, que sobreviveu até 1964, a Danielle Jensen criou uma das coleções mais bonitas da sua fase como diretora de criação. Tem seu jeito intelectual, mas tem também o apelo de uso que Maria Cândida Sarmento sabia fazer. Das roupas malucas dos palhaços saíram as calças largas, pregueadas e de cós alto, algumas com suspensórios e os blazers oversize. “É a peça mais importante da coleção, o blazer”, comentou Malba Paiva, uma das sócias da marca. Lembram do que a Cândida fazia? Blazers e alfaiataria como ninguém. As fantasias de trapezio viraram maiôs de lã usados como bodies e as listras das tendas de circo, detalhes gráficos nos macacões. Tudo, em preto, cinza e bege-pele, o que deu o toque de roupa usável por quem não sabe fazer graça, e gosta da moda inovadora que viu na Maria Bonita