A ideia de montar o Minas Trend em containers em lugar dos estandes tradicionais deu um resultado colorido e pratico. Os desfiles se realizaram no mesmo espaço, com a colocação de bancos para acomodar o público.
O salão reuniu expositores de sapatos, bijuterias e bolsas. Muitas marcas de roupas fechavam as portas, só recebiam seus clientes. Mas conseguimos conversar com vários autores de marcas.
Rosana Bernardes, designer carioca de bijuterias, verdadeira maratonista de eventos, participou do Veste Rio, do Minas Trend, vai para os showrooms de São Paulo. Afinal, lança 300 referências, que devem estar nas vitrines de 220 lojas brasileiras. Entre os sucessos, as linhas de cordões com medalhas religiosas as correntes com elos esmaltados, pintados um a um com palito, e os colares com pingentes dourados. “se fosse Doce&Gabbana, custaria R:$ 20 mil”, acrescentou Rosana, rindo.
O paulista Lenny Matos havia criado uma retrospectiva de oito bolsas para celebrar 33 anos de trabalho. “Era edição limitada, mais para vitrine. Uma cliente levou tudo!”, comentou Lenny. A coleção mistura inverno e verão, para atender as adeptas, que vivem viajando. As novas bolsas são médias, com forro de couro, banhos mais fortes nos metais. Pythons de oito metros, devidamente certificadas, “com passaporte “: brincou Lenny. Tacheados delicados substituem os spikes, que eram rejeitados pelas chics, porque lembravam os punks. “As clientes são minhas ombudsman, elas indicam o que pode melhorar, o que elas precisam. Muitas têm avião, chegam em carros com motorista pela garagem na loja da rua Haddock Lobo. São over special!”
De Natal, veio Sheila Morais, com todas as lindas bolsas de madeira e resina da sua “clutcheria” , feitas por artesãos de .Seridó, interior do Rio Grande do Norte. Também de lá, as pulseiras que viram gargantilhas graças ao acabamento com lenços de seda, da Palone Leão.
De Alagoas, encantaram os colares de filé e crochê, entremeado de pérolas da Sandra Cavalcanti.
Samira Campos, trocou a labuta de jornalista para se dedicar à Ethne, marca de vestidos e caftans com estampa en block pronto feita na Índia, bolsas de palha de elefante (eles comem esta palha). A mudança foi provocada pela filha, Renatha de Campos, que trabalhou em campo de refugiados de guerra no Quênia. No Minas Trend Samira levou 20 mil bolinhas e frutinhas no espaço da Dani Depi.
Na ala de calçados Margot Villas Boas recebia lojistas quase em fila de espera aguardando para fazer os pedidos de versões leves das botas western e dos mocassins com forma quadrada. Lindas, as botas de neoprene. E o maior conforto no saltinho dois.
As saias longas e as camisas brancas chamaram a atenção na entrada da Anne Fernandes.
E enquanto varias marcas de roupas mantinham espaços fechados, a Unity Seven estava com um grande estande aberto, três modelos vestindo os longos minimalistas com recortes e decotes elegantes. O criador Fernando Silva apostou na coleção mais moderna, “ porque a clientela está cansando dos tules, rendas e bordados” afirmou o designer, que acrescentou vestidos de coquetel e o casual chic à Unity Seven.
E mais/ uma das melhores salas de imprensa, no Minas Trend. Bancadas ao longo das paredes equipadas com desktops, fartura de bebidas, biscoitinho, sanduíches e doces, além do café / mas a entrada na hora do desfile continua desorganizada / pelo jeito 2018 se confirma como um novo ciclo, como definiu Paulo Borges em coletiva. A SPFW mudou para um bom galpão, o Minas Trend está com nova direção, Ronaldo Fraga liderando, com o apoio do Flávio Roscoe, novo presidente da FIEMG, o Dragão Fashion se consagrou no formato de festival.