Alguma dúvida sobre o grande desfile desta semana de Paris? Mesmo que a coleção não fosse a beleza que foi, que o cenário desse errado, seria impossível achar opção ao show da Chanel. Modelos, equipe e plateia se comoveram com a ausência do mestre Karl Lagerfeld. No Grand Palais transformado em vilazinha nos Alpes, as modelos saiam do chalé Gardenia, o principal entre os vários cenográficos em meio a florestas e até um vento geladinho. Depois de todos acomodados nos bancos de madeira, houve um minuto de silêncio. Nas cadeiras das primeiras filas, um cartão com a imagem do Karl ao lado da Chanel, desenhado por ele, incluía a expressão   the beat goês on , algo próximo do show tem que continuar. No final, quando entraram os branquinhos, vestidos de saia de plumas, os chamados bolas-de-neve, a trilha do David Bowie cantando Hero provocou lágrimas generalizadas no Grand Palais.

Quanto à coleção, ela confirma a tendência burguesa que reina nesta temporada. Nada diferente do habitual na Chanel, grife de gente chic, exigente e rica. Mulheres que vão para as estações de esqui mais exclusivas, que têm as bolsas 2.55 originais como peças de coleção. Só que a visão de Lagerfeld proporciona a possibilidade de outras adeptas da moda usarem as calças de cintura no lugar e corte reto, os casacos longos, as texturas de tweed e os padrões de pied-de-poule. E quem diz que as garotas não podem curtir o estilo dos vestidos bola-de-neve?

O lindo final mostrando os padrões clássicos de Chanel revisados por Karl Lagerfeld em sua última coleção

Virginie Viard apareceu rapidinha para os agradecimentos no final. Boa sorte, Virginie, sua missão é continuar o show da Chanel.

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