Mais uma vez, uma impossibilidade de descrever as propostas da Camila Arraes. É tanto bordado, tantos recortes, tantos detalhes, que é melhor se conformar em apreciar o que passa na nossa frente. Nesta edição, a Rendá facilita um pouco a compreensão para descrever, já que organizou quase todos os modelos em barras horizontais. Cada uma, com uma versão do ponto richelieu, que consiste em recortar formas nos tecidos e contornar com agulha e linha. Parece simples, não? Pois haja mão firme para não deformar os desenhos e olho de lince para acertar o tamanho dos pontos.
Diferente da Almerinda Maria, a Rendá é menos básica, tem modelagens mais detalhadas e intenções mais festivas. Para quebrar a pretensão, gostei da montagem de capas bordadas sobre calças jeans, ficou jovem, renovou o uso.
Nem tudo foi agulha e linha, porque o final mostrou a ala estampada em longos plissados ou com faixa na cintura e mangas longas.
Destaque para o acordeonista, que cantou desde La vie en Rose até música nordestina. Adoro as trilhas do Dragão.