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A moça saiu da noitada e entrou em um celeiro para delirar com a Dolce Vita. ESte é o fio condutor da coleção do Luciano Canale, pelo sobrenome também um italiano exuberante. Depois de alguns gritos no camarim, enfim o desfile saiu pela sala escaldante, decorada com uma parede de fardos de feno, cheirando a…feno. Como sempre, quando as luzes se apagam e aumenta o volume da música, esquecemos do calor, do feno, do atraso (que no final, nem foi tanto assim. Desfile marcado para meio-dia jamais começaria antes de 12h30, em lugar nenhum do mundo). Luciano nos recompensou com looks elegantes, comparáveis aos da Vuitton de março de 2010 – comparáveis, não copiáveis!. É roupa para a elegante, magra, segura, que se dá ao luxo de continuar de oncinha, sem medo de repetir a estampa. Porque ficou linda, tanto em saias e camisas, como nos acessórios, bolsas e sapatos / sabem o tema conceito do Luciano? Passado, presente e futuro, que nem no nosso seminário e caderno de tendências do Senac Rio. Oba, oba, que aval!
Tem o lado celeiro, quando surgem as calças pretas e camisas brancas, as botas longas e pretas. Tem as estampas em seda pura, em tons de terra com luzes em verde-jade. E mais, vestidos de cintura fina, saia rodada, tomara-que-caia, ultrafemininos, ultra Cinecittà. Uma coleção com a cara da Santa Ephigênia, que vai vestir as chiques da cidade. Com ou sem delírios no celeiro, deitadas no feno.
12h55

Ficha
cenografia: Luciano Canale
Direção: Wan Vieira
estilista: Gisele Kraus
Beleza: Diego Américo
Trilha: GOmes
bolsas: Glorinha paranaguá
Bijus: Francesca Romana Diana
Intervalo / Tania Caldas arrebanhou as chiques colunáveis. Beth Pinto Guimarães, Tanit Galdeano, estavam todas lá, na fila A, aplaudiram loucamente. MUito quente, por enquanto. Não há ar condicionado que supere o sol de meio-dia / Talytha Pugliese linda, de vestido longo de veludo de seda em degradê multicolorido. Nem parecia sentir calor, é profissional à prova de verão