Nestes tempos de mudanças a cultura avança e vai em frente, depois de anos difíceis. A produtora Gentilização abriu a Arte para a cidade de São Paulo, organizando trabalhos de artistas de murais em prédios de bairros paulistanos. O projeto é financiado pelo MAR (Museu de Arte de São Paulo) e pela Secretaria Municipal de Cultura. São oito murais com temas de inclusão, ancestralidade, espiritualidade e acolhimento. Localizados em prédios do centro e da periferia valem ser vistos e admirados:
Flip (Felipe Young) e o filho, Bento: com as cores do arco íris, representa acolhimento à diversidade e aceitação, até entre pai e filho, um menino autista. Onde: Zona Leste: CEU José Bonifácio / Jardim São Pedro Lela Monsegur: a artista argentina tem obras pelos muros da Europa e América Latina. Ela assina “Bordado de Memórias”, menção à tradição artesanal, alinhada à preservação do meio ambiente, pelo uso de tintas ecológicas. Onde: CEU Butantã Mimura Rodriguez: representou os aprendizados através do cuidado na obra “Ancestralidade”. “É algo que nos remete ao passado mas pra mim é também tecnologia para o futuro”, definiu Mimura. Onde: CEU Butantã Ogbá: para o baiano da cidade de Ipiaú, sua obra “A Trabalhadora” fala dos profissionais da reciclagem, mesclando influências africanas, baianas e o cotidiano de São Paulo Onde: CEU Parque Novo Mundo |
Pegge: os heróis negros do basquete estão em “Real”, obra que ajuda a criar sonhos e protagonismo nas crianças.
. “Com a arte, elas podem ver astros que se pareçam com elas serem aclamados”, conta Pegge
Onde: CEU Butantã
Nazura: uma serpente representando a transmutação, a mudança e a força negra feminina faz parte do mural “A força que a voz tem”. A artista lembra a conexão feminina negra com as energias de mudanças necessárias para resistir em ambientes violentos e coloniais.
Onde: rua Jaceguay, 518, no Bexiga
Auá: a proteção da grande Deusa está no mural da artista indígena de Manaus, que assina ““Ãgawara-itá mukatúru: As encantadas protegem”, um mergulho na espiritualidade dos povos originários
Onde: rua Jaceguay, 518 /Bixiga
Carolina Itzá: a atuação das mulheres nas periferias, nas imediações de Guarulhos e São Miguel Paulista, junto com o ideograma chinês Jing – o caldeirão, pela sua ascendência amarela, Carolina registra a organização das mulheres em associações de bairros, lutando por creches e moradias
Onde: rua Papiro do Egito, 1834 / Jardim Nair – Ermelino Matarazzo
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