Os viajantes brasileiros estão cada vez mais disputados e respeitados. Adoramos viajar, fazer compras, ir a show, enfim, gastar quando tiramos os pés fora do nosso pais. Assim, os representantes de hotéis, atrações, companhias aéreas e cidades têm vindo mostrar suas vantagens para nos conquistar.
Nesta semana foi a vez do novaiorquino The Surrey, hotel grande, com 190 quartos, com requinte de hotel-butique: quem conhece garante que nem parece ter tantos quartos. Não é aquele corredor compriiiido do Roosevelt…
Em almoço na CT Boucherie, na Dias Ferreira (humm, delícia! A farofa de ponko é imperdível), o gerente- geral Spencer Wadama e a diretora de vendas, Anne-Marie Wilson, munidos de seus iPads, exibiram as fotos e contaram das características do The Surrey, ex-hotel residência que ganhou novo conceito pela designer Lauren Rottet
Primeiro, a localização: na 76 , entre Park e Madison, pertinho do ateliê-loja da Vera Wang. No check in, nota-se a elegância do piso com um falso tapete no chão e a tapeçaria com o rosto da Kate Moss no fundo do corredor, obra assinada por Chuck Close.
Check in é assunto sério para os brasileiros. Em geral, nossos vôos chegam de manhã cedo, estamos loucos por um banho e uma cama (esta história de dormir sentado em avião não convence. Ah, foi de primeira classe, ganhou pijaminha e a cadeira virou cama? Ai, que inveja). No entanto, sempre ouvimos que o quarto só ficará pronto às 15 horas. Nem adianta argumentar que as roupas de frio estão nas malas, que será impossível ficar zanzando pelas ruas ( as lojas ainda fechadas) com a temperatura a zero grau. Rá! No Surrey não tem disto: há sempre um quarto-estepe pronto para receber os sonados brasileiros, até que o quarto esteja pronto.
Os quartos são no mesmo pique elegante do lobby. Sempre em preto, cinzas, branco e beges, com obras de arte contemporânea misturadas a toques art-decô. Aquele American style, que combina tradição e pop. Alguns têm lareiras, os banheiros oferecem banheiras e box com chuveiro, separado. As amenities são Laura Tonatto, de Milão, a roupa de cama, Sferra (são camas de 10 mil dólares)
Se tem suítes? Claro, com ambiente de cinema, digno dos filmes do Woody Allen (“todos dizem eu te amo”, por exemplo). E das séries de TV, as Gossip Girls gravam muito por ali, aparece a fachada e a entrada do Surrey. Suítes com varanda, com closet, com um ou dois quartos, a escolher. Perguntei à Anne-Marie se os hóspedes passavam tanto tempo nelas, a ponto de precisarem de closet. “Sim, chegam a passar um mês. Elas são disputadas. Roger Federer já tentou várias vezes ficar em uma delas, mas nunca consegue nas datas que precisa estar em Nova York”.
Falando em Federer (o tenista), quando a reserva é feita, a equipe do hotel procura saber detalhes, preferências, atividades dos hóspedes, para que o quarto seja abastecido de livros, objetos, itens personalizados. Como seria o meu quarto – cheio de revistas de moda? 200 pen-drives? Caderninhos em profusão? Sei que algumas suítes contam com um MAC, pronto para as coberturas de desfiles. Mais um modem, celulares- estepe para quando o meu descarregar…
Vamos confessar que falar inglês não é o forte dos nossos viajantes. Estes problemas também acabaram, já que a chefe concierge é a Lorena Ringoot, brasileira disposta a resolver as dúvidas, dar dicas, se vacilar, até ajuda a fazer as malas. Brincadeira, gente. Mas é ótimo ter a Lorena a postos por lá.
Deixei para o fim meu detalhe favorito. É o mobiliário. As cadeiras são clássicas, estofadas, com braços. No restaurante e café, dirigido pelo chef Daniel Boulud, há recantos inspirados na bolsa 2.55 da Chanel, com paredes matelassadas.
Mesmo sem ser mobília, vale prestar atenção nas janelas. Todas têm um espacinho para sentar e apreciar a vista. Em todas estas peças e ambientes, há frases, palavras e poemas escritos como se fossem grafites. Fica incrível, principalmente nos armários antigos, pintados de branco, com as palavras em preto. Dá vontade de, na volta para casa, fazer igual em todos os móveis. São criações da grife londrina Jimmie Martin, dos designers Jimmie Karlsson e Martin Nihlman. A dupla pega estruturas de móveis antigos e renova com estofamentos e os grafites.
O The Surrey foi procurado pela equipe da Relais & Chateaux para ver se em breve faz parte da lista de prestígio. Alem dos cafés, restaurantes e um terraço, o único na hotelaria de Manhattan, há o SPA, que pode ser freqüentado por não-hóspedes.
A dura realidade: as diárias começam em torno dos 450 dólares. A X-Mart é a representante no Brasil, quase todas as agencias brasileiras operam com o Surrey.
Querem mais detalhes, para planejar a viagem e a estadia? Liguem para a X-Mart, (21) 2249-0588
Admirem mais o The Surrey em www.thesurreyhotel.com.
E espero que vocês saiam do Kennedy Airport direto para o numero 20, East 76th Street, para o The Surrey / New York.