Escova de cabelo é pauta? Depende do ponto de vista: para as brasileiras, o cabelo tem o poder da identidade _ o país é um dos maiores consumidores de produtos e ferramentas capilares; só perde (talvez) para os Estados Unidos.
Outro argumento é a assinatura do design. De um brasileiro que trabalhou com Vidal Sassoon, o mestre inglês que na década de 1960 liberou as mulheres dos rolinhos e do secador capacete.
E finalmente, o argumento do momento, o que se espera de um produto novo: sustentabilidade. Como, em uma escova?
Muita história
Só o entusiasmo da equipe já justifica a notícia. A Tangle Teezer é uma marca britânica de escovas funcionais, adequadas a cada tipo de fio de cabelo, com poderes de desembaraçar, reduzir a queda e ativar a circulação no couro cabeludo. Há 17 anos foi proposta em programa tipo Shark Tank (onde investidores apostam em um produto inovador) e foi recusada. O criador, Shaun P., vendeu a casa e lançou a The Original, primeira escova com o conceito novo, de ser uma ferramenta de saúde.
Pela demanda das brasileiras, sempre em busca de novidades, Shaun pediu ao Rogério Sartini, cabeleireiro que já estava em Londres há 20 anos, trabalhou com Vidal Sassoon e Tim Hartley, que trouxesse a Tangle Teezer para o Brasil.
“Estamos aqui há 10 anos, já temos o ITC, selo internacional de tricologia, os médicos prescrevem o uso das escovas. São 30 modelos, com cores de acordo com as funções” conta Rogerio, sócio-diretor da marca, juntamente com Buzzy Moitre, o presidente.
E o sustentável?
Primeiro, a linha com cerdas de uma espécie de borracha, em lugar do nylon e da madeira, que desenvolvem fungos. “O que mais danifica a fibra capilar: o calor, o tempo e a ação”, acrescentou a Doutora Juliana Farias, médica dermatologista e tricologista (especializada em tratamentos e curas de cabelos), parceira da Tangle Teezer no lançamento feito na Discover, drogaria no Village Mall.
Mas o maior orgulho de Rogério e Buzzy é o relançamento global da The Original, na linha Plant Based Brush, agora produzida com óleo de rícino retirado da planta da mamona, por habitantes de uma região da Índia, abaixo da linha de pobreza. Este óleo se transforma em gotículas de silicone. “Este é o Futuro, daqui a no máximo 10 anos teremos 85% da produção com este tipo de matéria-prima, mantendo a qualidade da produção final em Londres”, prevê Rogério.[
Os números
A empresa londrina tem a prioridade de ensinar, mais do que vender. Nesta produção global foram vendidas 80 milhões de escovas em 12 anos. Um dos fatores que acelerou o consumo foi o casamento do príncipe William com a Kate Middleton: os vídeos mostravam o cabeleireiro penteando a noiva com uma Tangle Teezer! As Kardashians também aderiram e serviram de exemplo. Os preços da Tangle Teezer vão de R$ 99 a R$ 180; a MiniOriginal custa R$ 69. Estão à venda na Discover, C&A, Renner, Amazon.
E não é só isso
Dos cabelos para as peles. Das mulheres para os homens. Em breve, Rogério e Buzzy lançam linhas de skincare e make-up para homens, feitas à base de extrato de açaí. Ainda um pouco temeroso da repercussão entre os héteros, Rogério define como uma “camuflagem”, mais do que apenas uma maquiagem. O que é isso, Rogério? Não tenha medo de convencer os senhores a terem peles menos oleosas, menos manchadas. Basta ver o sucesso dos homens coreanos entre as mulheres, todos de lábios pintados, peles impecáveis, eventuais olhos delineados.
A beleza do Futuro não se limita aos cabelos e peles femininas.
Mais histórias em:
@tangleteezerbr
Mais histórias: Em algumas décadas de trabalho já fui a todos os tipos de eventos. Com desfile, sem desfile, com bebida, com lautos almoços, tipo coletiva, happening. Este lançamento da Tangle Teezer foi dos mais agradáveis, tanto pela facilidade e objetividade das entrevistas, como pela simpatia dos donos da tarde. Ainda ficamos mais próximos, graças a histórias pessoais. A começar pelo meu atraso (marcado para as 11, cheguei depois de 13h30), graças a uma obra no vizinho que ameaçou infiltrar para o meu lado. Rogério Sartini decidiu ilustrar a eficiência das escovas massageadoras contando ter feito implante de cabelos. Mostrou fotos do tempo em que era um tipo intelectual, quase total careca e exibiu seu novo visual, feito há menos de um ano. Quem fez? A Doutora Juliana Farias, que desde jovem sofria de alopecia. Depois de levada pela mãe quando adolescente, passar por várias consultas, resolveu o cabelo ralinho com megahair. Ela é linda, o efeito é natural, e não se nega a dizer que usa megahair há 18 anos. Importante, que ela mostrou fotos de um cliente também com falhas no cabelo, que ela tratou só clinicamente, sem implante! Dra. Juliana, você vai para minha agenda pessoal! Quanto ao Buzzy, tem os belos cabelos grisalhos cortados pelo Rogério, um privilégio com direito a uma onda sobre a testa. São histórias que humanizam a tarefa de sair correndo atrasada, achando que só ia vez escovas no Village Mall. E encontra pessoas que, como dizem os integrantes dos Realities, “pretendo levar para a vida toda”.
Ah, teve lauto almoço, no restaurante da Heaven, meu favorito no Village.