12h30
Bonito o local, a Estação da Luz. Bonito o elenco, masculino e feminino. Música um tanto volumosa (rarara, de volume alto), timing beleza. A Cavalera tem uma semelhança com a Ellus, porque as duas marcas sabem o público a que se referem, quem gosta delas. Nesta temporada, a vantagem é a seguinte: há modelos para quem não tem mais 20 anos nem 50 quilos! Por exemplo, na Cavalera, basta afinar um pouco a cintura, que as jaquetas Perfecto darão um up no estilo das quarentonas. Ou se parece pretensão, quem sabe, os blusões de capuz, lindos, em espinha-de-peixe, mesmo os masculinos? Bota com um legging, e pronto.
Claro que é uma coleção jovem, focada, com minisaias rodadinhas, calças masculinas de gancho baixo, usadas arregaçadas, tênis lindos decorados com rosas. Mas tenho que comentar esta possibilidade de ser roupa democrática, para idades e corpos variados. Vou defendendo a minha turma, que bem gosta de uma estampa de coração de tatuagem, de um tênis de cano alto e um clima roqueiro…
12h42
Intervalo / make da Cavalera com sobrancelhões, olhos de gato à la Amy Winehouse / no meio do caminho para a Estação da Luz, uma passeata gigante em prol da defesa dos animais, na Av. Paulista. Protestavam contra as peles, contra a mulher que vive matando bichos. Pensei: tem tanta pena nas coleções. Ninguém defende as pobres galinhas…/ para compensar o atraso, ou a demora para a platéia se acomodar, a Cavalera sempre inventa algo. Desta vez, bailarinas peitudas, de espartilhos e calcinhas faziam um número burlesco no hall da estação, ao som de uma banda de jazz de New Orleans
Fotos:Ines Rozario
