Ponto forte do Dragão, o concurso de alunos de universidades de moda. Nesta edição, pelo menos no primeiro grupo, notei um rebaixamento no luxo e requintes, graças às preocupações com o meio ambiente. Ainda bem que não faço parte do júri, desta vez, porque cada grupo tem um mérito. A começar pelo feito do Ateneu, que criou a coleção Chorume. O nome já adianta o caso das roupas feitas com restos de telas de obras de rua, tecidos rústicos de sacos, bordados com linhas tingidas com vegetais, e mais recursos que se não identifiquei, sei que eram reaproveitamentos. Só uma coisa ofuscou o conjunto: o desenho de apresentação, maravilhoso.
A Santa Marcelina arrasou com a 18k, apresentando casacos estilo doudoune grandões, estufadões, sempre com algum detalhe dourado, até o look total ouro, de body e hoodie. Este curso é de feras mesmo.
Do Rio Grande do Norte veio a IFRN, Instotuto Federal do Rio Grande do Norte, com o tema Entrelaço. Tingimentos naturais e jeans nas peças com entremeios abertos, com linhas cruzadas. O jeans faz também um tressê no casaco de gola branca, listrinhas colorem camisas de colarinho branco. Só que elas não vestiam ninguém: estavam acopladas nas laterais de camisões, entre babados . Babados listradinhos apareceram também em perneiras. No final, a capa de retalhos de jeans.
As cores do Bispo do Rozario inspiraram a turma do Senac. Imaginem pegar restos de malha, transformar em rolotēs e com eles criar franjados multicoloridos. As franjas, em colorido harmonioso, combinaram com tecidos claros, onde bordados com ponto corrente escreviam palavras como mulher empoderada, força, poder, respeito. Bonito!
E mais / fala sèrio, que difícil escolher entre estes primeiros trabalhos. Vamos ver a segunda parte / as 10 modelos novinhas, selcionadas pelo projeto das New Faces estão muito bem. Se misturam com as profissionais da Way Models sem grandes diferenças.