Poucas vezes vimos uma marca sair do marasmo e ressurgir surpreendente. Durante oito anos Alessandro Michelle conseguiu tirar a Gucci do status de marca antiga, sem perder os símbolos próprios. Fosse pelas coleções, pela cola com nomes como Harry Styles ou pela escolha dos locais de desfiles (o mais bonito, um castelo no interior da Italia), ele trouxe a Gucci para as notícias tanto de moda como de fofocas e celebridades.
Quando anunciaram que ele sairia, deu desânimo. Quem poderia substituir, quase na hora de recomeçar a temporada de coleções?
Tinha razão quem se preocupou. Um grupo da equipe de design assina a coleção masculina do inverno de 2023/2024. Marco Bizzarri continua como CEO, homem de confiança do grupo Kering. Terá sido ele o autor desta mudança?
Preciso descrever, ou bastam as fotos pra ver o caos? Nem caos se pode chamar, é marasmo mesmo. Parece uma mistura de Gaultier das antigas (camisetas listradinhas), com básicos da Diesel, um conjunto sem pé nem cabeça, com metalizados, jaquetas, casacos de pelos no avesso. Ok, a nova onda traz este estilo meio brechó.
Mas Gucci tem que ir além. Esta coleção não chega a ser lançadora nem comercial. Até porque duvido que os preços baixem.