O que é isto? Uma nave alienígena? Um novo aparelho de estética? Nada disso: trata-se de uma drageadora, máquina que produzia as drágeas (pílulas) da Granado. Ela fica instalada atualmente no fundo da exposição sobre a história da Granado, fundada em 1870. É um bis, porque já vimos esta mostra no Museu Histórico em 2021. Mas agora está em endereço mais acessível, na Casa Firjan, em Botafogo, e com uma arrumação mais compacta.]
Fotos Ines Rozario
Entre os destaques nas vitrines e painéis:
Claro, o bom e velho polvilho Granado, lançado em 1903, licenciado por Oswaldo Cruz. O jogador Ademir aparece usando nos preciosos pés em uma publicidade.
Falando em publicidade, a marca praticamente lançou o marketing no Brasil. Além dos anúncios em geral divertidos, muitos seriam considerados incorretos hoje em dia, era publicado o Pharol da Medicina, almanaque anual, com informações sobre produtos, passatempos, novidades da medicina, que circulou de 1888 até 1940. Foi a primeira mídia de massa do país.
Além da revista, havia a Rádio Granado, que tocava Bossa Nova. E os brindes, lápis para colecionar.
Alguns produtos curiosos: a linha Suzette, (difusor de ambientes, eau de toilette, sabonete líquido, sabonetes, hidratante e vela), um promissor líquido, remédio contra embriaguez.
Em 1994 a Granado foi comprada pelo inglês Christopher Freeman. Em 2004 compraram a Phebo. Desde 2015 o complexo de produção fica em Japeri. Os produtos não são testados em animais.
A exposição fica até dia 28 de janeiro de 2024. Conta a história com bom-humor, muita informação e vale também pela visita à bela Casa Firjan.
Quem pretende ir à exposição da Granado, dois detalhes: a entrada da Casa Firjan não é pela rua São Clemente. É pela rua Guilhermina Guinle, uma entrada de um prédio moderno.
Se for de carro, há o estacionamento America, logo depois do Colégio Santo Ignacio. Não tem Sem Parar, não aceita cartão de crédito, só débito. Mas é perto e limpo, sem manobrista. .