Esperava encontrar um lugar vazio, de portas fechadas, desolado. Me surpreendeu ver que o São Conrado Fashion Mall (as coisas começaram a dar errado quando tiraram o “São Conrado” do nome) tem bons motivos para ser visitado.
A surpresa começa pela brava permanência de lojas como a Mr. Cat, a Leeloo, Reserva, Richards, o café Rubro, os sorvetes da Mil Frutas, a joalheria Lisht, a Lenny, a Farm e a Fábula, a Foxton, a Manufact Off, com sapatinhos lindos, parecidos com os da Renata Lo Prete (editora da Globo)
Já avisei que tenho tara por papelarias, pode ser aquela portinha na esquina da Afrânio de Melo Franco, a chic Papel Kraft, uma seção de canetinhas no bazar dos supermercados. Sem falar na nostalgia da Casa Cruz, no Largo de São Francisco, que loja linda.
Pois, pelo jeito vou superar o pânico da covid e voltar ao Fashion Mall para conferir as maravilhas de desenhar e escrever da loja conceito da Compactor! Tem material para lettering, canetas Molotow (são alemãs, não são russas) pretinhas, de traços finos ou mais grossos, meio pincéis e as Schneider, em todas as cores. E os marcadores em tons pastéis? Tipo da compra que se faz e nunca usa, mas são irresistíveis.
Quase na mesma linha, a filial da Kalunga, com papelada, impressoras, material de escritório. Outra boa diversão! Comprei um mousepad com a foto da Torre Eiffel, para lembrar que ela existe rsrsrs
Não tem supermercado, mas tem uma Americanas grandona. Pode ficar um pouco abaixo do que se conhecia no SCFM, só que certas marcas, como Americanas, Casa & Video, têm seu lugar. Tem melhor para os moradores de São Conrado e Rocinha do que a variedade e os preços das Americanas?
A Farmalife tem caixa de scanner para pagar direto, como caixa eletrônico. O pãozinho da Paineiras é uma delícia, cafezinho é servido nas mesinhas com distância. O McDonalds continua firme na entrada.
Quanto aos cuidados, a temperatura de quem entra no estacionamento é medida, todas as lojas têm tótens de álcool gel, a escada rolante indica o uso de degraus de quatro em quatro.
Claro que bate um certo pânico ao ver que os corredores vão enchendo de visitantes (todos mascarados). Ou de ficar mais de cinco minutos dentro de uma loja, dá vontade de largar tudo e sair correndo para os espaços abertos deste shopping que, apesar das restrições vigentes no mundo, continua muito visitável.
E mais / deve ter mais gente com estes impulsos irrefreáveis de ver vitrines, mesmo sabendo dos riscos de aglomerações, contaminações inesperadas. Como sei que tem gente se contaminou em consultórios médicos, boto a máscara, passo álcool no carro (!?), e de vez em quando, como no mês passado, entro em aventuras como ir ao Rio Sul _ o motivo era sério, era o caixa do Santander menos tumultuado, para desbloquear um cartão de conta. Só que TINHA que conhecer a Daiso, loja japonesa, acho que no quarto andar. Afinal, o carro estava estacionado naquele andar…/ o shopping Leblon está quase no formato normal, são poucas as lojas fechadas. O absurdo: não tem mais a Pavlova, a sobremesa de suspiros, sorvetes e morangos no MiMollet! / O Plaza, que já mudou de nome tantas vezes que nem sei como se chama atualmente, tem a Tok Stok em reforma, um quiosque de plantinhas, o restaurante do Pedro Artagão (no horário em que fui estava no intervalo entre almoço e jantar), o Outback e…um ótimo micro Dépanneur! Talvez tenha sido a saudade, mas a tartelete de morango me pareceu melhor do que a da Chez Anne! / com licença, que só de lembrar destas rondas de shoppings me dá ímpetos de tomar banho de álcool gel. Fui!