Há quantos anos vejo o trabalho do Kulig, insistindo nos tecidos tecnológicos, nas modelagens secas, no futurismo. Eventualmente, ele acerta, como foi o caso das sabotas. O que atualmente se usa como openboot, é a velha sandália-bota (sabota), costumo citar sempre. Quer dizer, vamos ver as previsões dos códigos futuros: TK rendado, TK veludo, aramados com silicone, além de couros, peles e pelos. Quase tudo em preto, com exceção das estampas de grafite, com uns azuizinhos e traços escuros. O corte é simples, em geral, mas estruturado em camadas de vários materiais, tipo mostruário. É um tal de tachear, recortar, debruar, cortar, deve dar um trabalhão.
Este futuro poderia ter alguma mensagem de preservação, ecologia, etc. Acho que o Kulig é mais realista, descrente das tentativas de salvar bichos e plantas. Faz vestidos com golas de pele, ao mesmo tempo que estampa caras de bichos em camisetas.
Ficha
Styling: Jefferson Kulig
Makeup: Cayo Lanza / Studio W
Cabelos: Mario NOva / Studio W
Música: Horácio de Bonis
Intervalo / decididamente, os desfiles estão mais longos. Há mais de 30 looks na maioria / a imprensa do Rio costuma ser colocada na fila A, mas em alguns casos, vai para a B. Ok, acontece, são muitos amigos paulistanos para acomodar na fila A. Quando os lugares ficam vazios, e isto pega mal para o estilista e nas filmagens, oferecem para passar da B para a A. Devia haver um treinamento de cerimonial, protocolo, algo assim, para evitar estas cenas micadas. Ou pensar melhor na hora de marcar os lugares