Seguem alguns modelos que estão esperando para sair para as ruas. Ou ficar em casa, elegante e com conforto.
Gosto de listas e linhas do tempo, segue uma sobre o uso do linho, desde os anos 40/50
1940/1950: quase exclusivo dos ternos masculinos. Brancos, de preferência. Os homens exigiam que fossem bem passados
1960: camisas masculinas e blusas femininas. O resto do guarda-roupa feminino começava a era dos tricôs, veludos e brocados
1970: a loucura do estilo hippie (adoro, até hoje) focava mais nos algodões indianos. Mas no Rio, Marco Rica e Eliana Dias Ferreira, da Krishna, começavam a encantar com blazers e calças de linho
1980: o auge do linho, graças a marcas como Georges Henri, Maria Bonita, Alice Tapajós, Maison dÉllas, que tinham cotas de compra de linho na Braspérola. Esta tecelagem exportava para Giorgio Armani, Ralph Lauren, entre outros internacionais. A peça forte era o spencer (paletó curto) e o blazer de ombros enormes
1990: mesmo sendo uma fase de terninhos, muitos de linho, a onda minimalista japonesa começava a dominar, com muita malha, em geral preta. Ou o jeans, que reinava soberano. Mas a tecelagem Leslie patrocinava o Fashion Rio, semana de coleções no Rio
2000: a Braspérola falida, maior fornecedora do linho no Brasil, e o advento da Lycra dominando pelo conforto que dava aos tecidos, depois de conquistar a moda praia e a fitness, apagaram o linho dos guarda-roupas
2010: poucas notícias do linho, considerado caro e ainda com a fama de amarrotar demais.
2020: apesar de poucas oportunidades de sair de casa, a procura por fibras naturais aumentou, por motivos variados. Até por razões ecológicas, como o upcycling, evitar fibras derivadas do petróleo. Sabe-se lá a causa, o fato é que o linho ressurge, lindo, confortável e versátil. Para reduzir o visual amarfanhado, as peças podem ser penduradas em cabides para secar no varal