Nada de estampinhas de algodão, de lacinhos e botões vintage. A Têca aderiu aos brilhos e às sedas. Ainda estou meio decepcionada, porque acabou ficando igual a muitas marcas da semana. Helô Rocha, proprietária e estilista, partiu do filme Fome de Amor (ou será Fome de viver?) – bem em inglês é The Hunger, segundo a Helô. Com David Bowie e Catherine Deneuve, filme de vampiros urbanos cult dos anos 1980. Dele saíram os lustres, a luz violeta e a música de órgão da abertura do show. Mais as eatampas de coraçõezinhos e morceguinhos tão micros, que passavam por meros poás. Se fiquei decepcionada com a mudança de estilo, em compensação bem que gostei das calças de seda e dos vestidinhos arredondados, de cintura marcada, em verde ou couro azul.
Intervalo / certos lances típicos incomodam os nativos. Tanto as vozes gravadas nas praias, gritando seus produtos (mate, sorvete, sei lá mais o que), que dão sustos quando se passa correndo para escrever na sala de imprensa, como personagens de estátua viva postados no meio do caminho das salas de desfiles. Como se não bastasse as criaturas de
salto 20, penduradas nas celulares, parando no meio do caminho. E a batucada do lado da sala de imprensa? Completamente sem noção