Atenção: as imagens ainda estão em processo de recuperação: um plug in de uma aula de alemão escondeu as fotos!
Desfile na rua é fenômeno típico carioca. Já vimos a Blublu abaixo de chuva na Vinicius de Moraes, a Carla Roberto com moda masculina em em fundo infinito em uma esquina, a Lenny na beira da Lagoa, a Osklen entre os coqueiros da praia de Ipanema. Isto é o que lembro no momento.
A Casa da Antônia foi mais ousada: além de mostrar a coleção em elenco misto de modelos e amigos, Deicom direito a um totó na coleira, usou a rua Oitis, local pouco conhecido por quem não é gaveano. Isto é, mora na Gávea.
Sabem quando um lançamento supera a variedade de looks, de tantas histórias paralelas? Pois foi este um dos exemplos. Um dos poucos pontos comuns com uma apresentação normal foi…a disputa pelos lugares. A plateia se instalou em cadeirinhas de praia, daquelas que sentou, não levanta mais. Melhor ficar em pé, acompanhando o desfile entremeado de dança afro, encabeçada pela bela Isabel, até o fim da rua.
Vamos aos looks importantes, possíveis de serem destacados entre dançarinos, cachorrinhos, pedestres nada-a-ver, moça com som alto, dando o clima:
# a jaqueta preta com ilhoses prata, vestida pela Lorena
# o vestido em 3 babados, na Joana
# o quimono vinho, assinado pela Evelyn, que também assinou o look de abertura, com transparências
# a camisa branca mais longa nas costas, masculina
# e a maioria dos vestidos e conjuntos pretos, do acervo de multimarcas da Antônia, Daqueles que põe na mala e vão bem pra qualquer lugar
Antônia tem esta energia, mantém a Casa há oito anos. Começou em meia cobertura em Botafogo, foi para onde era a Via Flores durante 3 anos, enfrentou a pandemia e está há quase 4 anos nesta casa na Gávea, atualmente com a fachada valorizada por um trabalho do Toz. Mas o currículo inclui passagens por varejos hypados como a Contemporâneo e de luxo, como a multimarcas Dona Coisa.
E mais: foi uma tarde de encontros.Desde Beth Nabuco até Nuno Costa e Silva, belo modelo. Soube pelo Ivã Ribeiro que André Camacho, um dos meus mitos da moda brasileira, está entre Rio e Paris. Ivã está entre coleções, trabalha também com Carnaval (nosso momento Alta Costura). Dei parabéns para a Yamê Reis, pela realização do Rio Ethical Fashion. Gostei de saber que a Casa dos Criadores está muito bem, obrigada, deve estar marcada para o começo de dezembro (a confirmar).
Um dos pontos fortes para reunir tantas histórias, além da própria Antônia, é a presença do Toni Marquês, perito em apresentar as pessoas certas, manter o ambiente civilizado. Sempre discretamente.