Mais do que suéteres em tricò jacquard e casacos estilo doudoune acolchoados, a roupa do homem para o meio do ano – o suposto inverno brasileiro) tem algumas novidades fáceis de serem absorvidas até pelos mais resistentes aos modimos. Simplesmente porque a inovação é quase invisível, está na melhor qualidade dos materiais e das técnicas de produção.
Polos continuam – sim, as já básicas camisas de malha com gola continuam firmes na liderança do guarda-roupa masculino. Todas as marcas, entre as mais de mil presentes divididas nos dois pavilhões do Serra Park, em Gramado, apresentaram suas opções de polos. Listradas, na Fishermann, lisas em versões mais clássicas ou mais jovens em espaços diferentes, como a Gangster e a Red Nose. Valem as cores de sempre, como o vermelho, o verde-garrafa e o azul-marinho. Valem as da moda, nas gamas de lilazes e amarelos.
Camisas com segredos – aí, começa a ficar aparente (?) o mistério da inovação na roupa dos homens. Porque a novidade vai se definir pelo uso, o conforto dos tecidos de algodão peruano, muito mais macio e resistente às lavagens. Ou pelos tecidos italianos, exclusivos da camisaria que estreia na linha da Apa, uma das maiores fabricantes de ternos da América Latina. ^quem compra um terno numa loja como a Casa Alberto, que tem nossa linha sob medida, quer uma camisa à altura”, comentou Luiz Roberto Apa. Só para dar uma ideia do nível de luxo destas camisas: elas tèm o mesmo número de pontos por centímetro. Quanto menor o ponto, mais chic é a camisa.
A Arrow abre o leque de produtos. Além das famosas camisas, há calças, polos e até blazers
A Arrow, marca americana tradicional, que ficou famosa por ter colarinhos trocáveis em 1851, está na segunda coleção própria no Brasil, pelo grupo Oracon, dentro do grupo internacional PVH, que inclui Tommy Hilfiger, Calvin Klein, Speedo. A camisaria social ainda é o forte, mesmo que a história dos colarinhos tenha caído em desuso. O material é o algodão mercerizado, fio tinto, algumas são maquinetadas, os modelos desenvolvidos no Brasil são aprovados na matriz novaiorquina. E a Arrow ampliou o campo de ação, mostrando na Fenim as polos, calças e blazers de lã fria, em modelagem slim. A Oracon começa agora a desenvolver produtos de moda nas marcas Camaro e Corvette.
Carlos Casagrande na coletiva falou sobre a coleção da Breda e sobre o próximo filme
A onda da camisa xadrez também segue mais uma temporada. O ator Carlos Casagrande dá o aval para as camisas, jeans e polos da Breda. Em simpática entrevista Casagrande antecipou que fará o papel de um doente mental, morador de rua no filme sobre a história da Dona Beja.
Ternos para todos os bolsos
Os ternos da vitrine da Apa, feitos com tecidos da tecelagem inglesa John Foster
Na vitrine da Apa, os tecidos são da marca inglesa John Foster. No mundo, a fábrica de Caxias (Baixada fluminense) fornece para Cerrutti e Zegna e aguarda contrato para outra grande marca europeia. Para o mercado brasileiro, há desde a linha sob medida, em que a fábrica entrega em 15 dias a roupa no tecido, medidas, forro e até nome do dono bordado no avesso. No Rio, a Casa Alberto tem este serviço super Vip. Um sob medida pode ficar em torno dos R$ 8 mil.
Mas há a opção do semiartesanal, confecionada por máquinas nas mesmas técnicas dos antigos alfaiates. Dependendo do tecido, um terno pode custar de R$ 490 a R$ 2.500 no atacado.
E a linha Uomo, fabricada em Leopoldina, capaz de produzir 1.200 peças por dia? Os tecidos são chineses, mas a confecção é toda no Brasil.
Boa parte dos très a quatro mil ternos vendidos por mès no Brasil saem das máquinas da Apa, repassados para lojas como a Borelli, D´Artigny,Crawford, VR, TNG.
Outra vitrine marcante na Fenim é da Raffer – só ternos pretos, modelagem slim, com looks de grifes de ponta no mercado masculino.