Muito bom, o show da Madonna, para quem é fã ou para quem gosta de moda. E olhem que o primeiro, no Rio, foi abaixo de chuva forte, das que ensopam, fazem cair no palco e enfraquecem a voz. Pois a loura superou o mau-tempo, a platéia agüentou firme, com aquelas capinhas plásticas de nada, sem reclamar. Foi realmente memorável, assistir, ouvir e de vez em quando olhar para os feixes de luz dos canhões, e ver a chuvarada caindo.
Bem que no meio do espetáculo Madonna disse “eu quero parar”, mas a gritaria de protesto impediu. Ela não teria coragem de largar aquele povo encharcado, pulando no Maracanã. E continuou, ainda que de vez em quando perguntasse “you dont mind the rain?” , ou “vocês não se importam com a chuva?”.
Do ponto de vista de estilo, o figurino era bem madonnesco, com os corseletes de sempre, as botas (trocou a de cano alto pela de caninho baixo), os shorts. Um vestido colorido entrou no módulo cigano e latino. Aliás, nunca imaginei que ia gostar de mais uma versão de La isla bonita. Pois gostei.
O destaque de estilo também vai para a roupa dos dançarinos, bem colorida no módulo japones, quando a turma toda pula corda de uma forma louca. Já tinha visto uma família de japoneses pulando assim, a toda, no Clube Federal. Outro bacana, o DJ que abriu a noite, de calça preta de cós baixo, camiseta branca e colete preto curto. E o Justin Timberlake, dançando em telas no palco, ótima coreografia e de tênis velhos! Estas coisinhas conquistam a gente. Eu sempre quis saber quem fazia as botas dos personagens de teatro infantil, dos patinadores, os sapatos de dança flamenca e os mocassins do Gene Kelly e do Michael Jackson. Adorei ver os tênis surrados, de gente como a gente. O que não significa que a gente dance tão bem.
Um make simples, de muito olho e pouco brilho, cabelos ondulados, como se tivesse saído do chuveiro. Nem podia ser diferente, com a chuvarada.
Na platéia de convidados da Renner, destaque para Miguel Falabella, sempre animado. O Murilo Rosa, sem a Fernanda Tavares, que estava às voltas com bebê febril. O Marcelo Hitcho e o Marco Antonio de Biaggi, nossos hair stylists super-fãs da loura. A Natalia, que está virando mais uma eterna Miss Brasil, e a Daniela Mercury, muito bem, e muito bem acompanhada. Nelsinho Motta, que saiu cedo, numa das primeiras vans.
Falando em van, é preciso comentar a eficiência da equipe da Renner em relação ao transporte e recepção dos convidados de seu camarote. Luciene Franciscone, do marketing da marca, concordou que este patrocínio faz parte de uma nova etapa da Renner. Em 2009, eles trazem o Simply Red e mais uma banda internacional, ainda em segredo.
Ok, trazer Madonna é um feito incrível. Além deste investimento, nota-se que a rede se aprimora a olhos vistos. A cada dia, se aproxima mais do conceito da H & M, a famosa rede sueca que ainda não chegou ao Brasil. Principalmente na área de acessórios, a Renner empata com eles.
Bem, até tentei esgueirar da bolsa, sem molhar, minha câmera-sabonete (como os fotógrafos profissionais chamam nossas humildes digitais pequenas) e tirar algumas fotos. Debalde. Ou melhor, de chuva, já que a luz forte ofuscou, a chuva borrou e a multidão atrapalhou. Aconselho a verem o show ao vivo, se puderem. É muuuuito melhor do que em DVD, em foto ou no YouTube.