Tinha tudo para dar errado. Na chegada ao local do suposto desfile, a turma da assessoria gentilmente avisa que não havia espaço para fotógrafos, por falta de lugar. E que era apenas uma apresentação, sem desfile. Houve quem lamentasse ter acordado cedo, pensasse em desistir. Capricornianamente, pedi, expliquei, argumentei, que os celulares entrariam e a Patricia teria fotos pouco profissionais nas suas conerturas.

Como Patricia tem uma fé poderosa, acabou dando certí­ssimo. A casa era realmennte pequena, mas pertence à Maria Alice Solimene, dona de um dos bufês mais prestigiosos do paí­s. Casa que recebe Kate Moss, por exemplo, de vez em quando. Uma casa de verdade, onde sobre os quadros, nas janelas, no jardim, estavam penduradas pequenas obras-primas em forma de roupa. Até assusta, ver de perto as saias de renda dourada, toda de couro! Os modelos em losangos irrepreensivelmente rencortados e emendados, as flores aplicadas sobre tule. Em meio a uma multidão de convidadas lindas, passava a loura com vestido quase-nu com folhas verdes de couro de alto a baixo. O menino Caian Zattar (da 40 Graus Agency)) vestia uma camisa de couro branco, a bela Yune veio com flores de couro coloridas.
Estão acompanhando? Andrea, filha da Patricia, com seu vestido de renda de couro e a bebê Alix, no colo, explicava que a Pat Pat, a linha mais comercial, está fazendo o maior sucesso no atacado e a Patricia Vieira é a…alta costura. Definição perfeita! “minha mãe escolhe as rendas na Itália e consegue reproduzir iguallzinho em couro!”
Para completar, a beleza das joias. Apenas Bulgari, minha gente! Vanessa Calfat, mkt da marca levou peças de coleçíµes importantes. ” São linhas icônicas, como a Diva Dream, que foi lançada nos anos 1950, quando Elizabeth Taylor fazia Cleópatra no cinema. Dali saiu a linha Serpente, que virou uma nova série de braceletes, anéis e colares. Veio também a linha Musa, com os cabochons tií­picos da Bulgari.”. Andrea definiu mais uma vez ” ficamos felizes, porque nossas roupas são atemporais, do tipo que vai passar de mãe oara filha, como as j oias da Bulgari”.
Por fim, a comida. Coxinhas, pasteizinhos de camarão e caldinho de feijão. Básico, não parece? Pois provei a coxinha e o pastel e saí­ correndo para dar os parabéns para a Maria Alice! Nos encontramos nos fundos da casa, ao lado da cozinha. Ela trabalha há 26 anos, feliz por só. atender a celebraçíµes. ” Ninguém me contrata para divórcios, enterros…” Ela ja fornceu suas delí­cias até para em evento em Xangai. ” Hoje quis dar um ar meio Chelsea, mais informal.”
Roupas maravilhosas e bem exibidas, joias icônicas, delí­cias incrí­veis, uma multidão de convidadas animadas. Tinha que dar certo.