Sou chamada de obcecada, maníaca, ideia fixa. Só porque aderi à cultura coreana do sul em 2019, graças à Netflix, aos doramas, ao grupo Super Junior, aos professores do CoreanosMIB e à professora Sandra Jang. Já tenho meu ingresso para o concerto de fevereiro, em São Paulo, claro. 

Só que o reconhecimento da importância da cultura Hallyu, que começou lá pelos anos 1970 já é fenômeno mundial. A melhor prova, a deste momento é a exposição no Victoria & Albert Museum, em Londres. 

O nome é Hallyu: the Korean Wave, com a curadoria de Rosalie Kim e apoio ou patrocínio do Ministério da Cultura, Esportes e Turismo da Coréia (permitam um minuto de inveja…). Em um podcast chamado Voices, do site BOF (Business of Fashion) Rosalie comentou sobre a surpresa desta universalização desta cultura asiática. “Vivo nos Estados Unidos, e aqui até pouco tempo ninguém sabia o que era kimchi (uma espécie de cozido), minha mãe fazia para a família. Agora, todo mundo sabe o que é e encontra até pronto para servir” 

Incentivos: O sucesso começou pelas décadas 1950/60, depois da separação das Coréias. Para o Ocidente, no entanto, o estouro veio com o video do Gangnam Style, cantado e dançado por Psy, em 2012. Até hoje, é um dos recordistas de visualizações no YouTube, falando do bairro mais chique de Seul.

SuperJunior

Por aí também começaram a chamar a atenção os grupos que dançam e cantam, os grupos de k-pops masculinos e femininos. Para quem ainda não sabe, o meu favorito é SuperJunior, que completou 17 anos de atividade em outubro de 2022.

Espaço do Museu onde o destaque é Round 6 (no fundo)

O golpe final, a consagração, veio com a pandemia de Covid. O isolamento global levou as pessoas para a frente da TV ou das telinhas dos celulares para assistirem aos doramas coreanos (pronúncia: dramas). Tanto os românticos como os mais violentos, como o Round 6, contribuíram para surgirem fanclubes (fandoms) de atores e atrizes, além de divulgarem a indústria da beleza, enfatizada pelas peles impecáveis, e o destemor pelas cirurgias plásticas.

Crianças aprendem a caligrafia coreana

No museu londrino A exposição Hallyu-the Korean wave abrange as várias faces desta cultura tão nova. Para formar cabeças jovens o Museu propõe cursos de caligrafia coreana para crianças acima dos sete anos. Munidas de pincéis e canetas especiais, elas terão aulas de 120 minutos para aprender os caracteres considerados ideais para o universo digital. O melhor de tudo: nos mesmos dias há aulas de coreografias dos k-pops! Para adultos e crianças (estas, acompanhadas por adultos). Passem pelo local, para ver se dão sorte, porque até agora está tudo reservado. Quem não quer? 

Ala sobre os grupos de K-pop

EXPOSIÇÃO HALLYU – THE KOREAN WAVE

Quando: até domingo, dia 25 de junho de 2023

Onde: Victoria and Albert Museum: Cromwell Road,/ na Galeria 39 e no North Court / Londres 

Quanto: 20 Libras em média (há opções de ingressos mais baratos)

Cursos de caligrafia coreana para crianças

Quando: dias 13 e 14 de fevereiro de 2023, no período de 10h30 até às 16h, com aulas de 120 minutos. Quanto: 15 Libras