Cavendish, chave de ouro

Uma raridade, o último desfile do dia ter a categoria desta apresentação. Carla Cavendish pensou em sarongues, calças mais soltas, estampas de praia e muitos, muitos vestidinhos deliciosos para um verão de férias e sol. Segundo a estilista, era para lembrar uma ilha paradisíaca. Só que já que ainda não sabemos onde fica esta ilha, vamos aproveitar os minivestidos com decotes nas costas e mangas volumosas, ou de alças retas e barra de palmeirinhas, as calças clochard autênticas, com direito a cós amarrado e cintura alta, as parkas estampadas e o vestido perfuradinho, em rosa-metálico. Para a noite, vestidos pretinhos, de babadinhos do pescoço à bainha. Está tudo muito inho, no diminutivo? Pois a coleção é grande na qualidade de estilo, na apresentação com um cenário com rampa e palmeiras em material reciclado, uma trilha lânguida, primorosa, do Zé Pedro.
Nos acessórios, lindas sandálias com saltos decorados com borlas e tiras entremeadas de correntes e pedras, dúzias de pulseiras fininhas, cordões com medalhões de ilha e chapéus de tecido. Um pouco Marc Jacobs, um tiquinho Marni? Nada interessa, vale o efeito final, a coleção que veio com impacto de beleza. A Cavendish subiu mais um ponto na escala de marcas brasileiras. Fechou o dia muito bem

O melhor: a estampa de ilha ou de paisagem, em cores alegres

A ver: um único vestido de mangas raglan, com bordados, em verde. Bonito, mas fora do contexto

Rodapé: Luiza Brunet, lindona na fila A / duas lindas de longos cabelos brancos: Ivana Curi e Gisela Amaral / que dia ótimo, difícil achar pontos negativos / Ok, digamos que os dois cachorros quentes do almoço podiam ter sido melhores. Mas até que não estavam tão ruins assim / na sala de imprensa, surgem quitutes inesperados. Pipoca, chocolate Bis, amendoim, paçoca. Parece biocombustível para acelerar o raciocínio / até amanhã, sonhem com moda, ilhas paradisíacas e poesias da Bianca Ramoneda