Miguel Vieira, em branco e brilhos

Um exemplo a seguir: Miguel vem desfilar no Brasil sob os auspícios do ICEP, instituição filiada ao Ministério da Economia e da Inovação, de Portugal. O estilista luso trouxe vestidos linha A, mas leves e plissados, com barras, cinturas ou golas cobertas de cristais. A cintura se define por cinturões-corpetes de verniz preto. Para os homens, sua ala mais famosa na Europa, ele repete a fórmula do preto e branco, que já havia mostrado há um ano. Calças estreitas, em preto liso, adamascado ou em tecido com brilho; camisas brancas ou pretas e jaquetas com uma cabeça de astronauta impressa nas costas. O detalhe onipresente é o brilho, tanto o metalizado como o perolado, mais fosco. Nem as bermudas masculinas escapam da metalização, são ajustadas e brancas, peroladas. É um caminho radical, que indica uma moda menos austera para o homem, mesmo o que usa terno, porque o que Miguel sugere é a calça e o paletó ajustados (sem exagero), em tecido com brilho de estanho, e um tênis prata como complemento. Destaque para uma peça que foge do brilho geral, a camiseta em padrão Argyl (de losangos), em tons de cinza.
No final, o estilista agradeceu, de paletó preto, com lapelas de smoking e calça jeans rasgada. Conclusão: para os brasileiros, o jeans rasgado está indo embora, enquanto em Portugal continua valendo.

Rodapé / O Miguel Vieira deve ser um dos Crystallized de Portugal. Como usa bem o cristal! Nas camisas masculinas e nos paletós era apenas uma tirinha acentuando o bolso de cima / esqueci de citar o Henning Dauch, que apresentou a nova fase da Swarovski. Ele é pioneiro, como representante da empresa austríaca no Brasil, um homem sempre elegante / a linha de camisetas, bonés e bolsas em preto e branco, da Fiat, estará à venda a partir de setembro / inventaram o setor PIT para os convidados dos desfiles. Fica na frente dos fotógrafos, é o melhor lugar. Aliás, o segundo melhor, porque o primeiro é lá encima, na cabine de produção