Movimento, pouco

A alfaiataria chega à moda praia. Maiôs e biquínis com detalhes como lapelas em vez de alças e botões, em vez de lacinhos abriram o show assinado pela pernambucana Tininha da Fonte. A idéia era refletir a invasão da moda urbana e esportiva nas areias, daí o terno-biquíni em preto e branco, vestido por Raica Oliveira. Depois da primeiras entradas a inspiração urbana foi trocada pela esportiva, sutil nos maiôs brancos com lapelas e debruns rosas, no shorts em seda verde e nos biquínis de bojos em tons contrastantes de verde. Debruns brancos acentuaram as estruturas, como nas roupas de neoprene dos surfistas. A contribuição do esporte também aparece nas sandálias altas com design estilizado das tradicionais papetes e nas tiras feitas com cordões, tiras de malha e mosquetões. Bom para ir a praias inacessíveis, que exigem percorrer trilhas e subir montanhas.
Esperava-se mais da Movimento. O conjunto ficou banal, apesar dos ternos estilizados do começo.

Rodapé / os chapéus da Gloria Coelho eram do Diaulas Novaes, que dá continuidade ao trabalho da mãe, dona do ateliê / morreu Gianfranco Ferré, de derrame, na Itália. Arquiteto de formação, era um mestre na modelagem. Abriu uma escola de moda baseada justamente nestes princípios de estrutura da costura. De 1989 a 1992 foi estilista de Christian Dior. Seguia fielmente as tradições da marca, reinterpretava o pied-de-poule, os tailleurs de cintura fina e a classe da marca mais francesa. Quando foi trocado por John Galliano, voltou à Maison própria, em Milão, onde lançava roupas de couro impecáveis, blusas brancas e a alfaiataria adaptada ao uso feminino, urbana e romântica /