A ronda da terça-feira

fotos Ines Rozario

Existe um mecanismo humano movido a deveres, missões, obrigações. E agendas! Quando vi a agenda desta terça-feira, decidi que acompanharia o máximo do dia. Prova que acredito em tudo o que sai no site. Vamos lá:

17h: Regina Lundgren: depois de um almoço-reunião no Doce Delícia de Ipanema (imperdível a sobremesa Romeu e Julieta de lá), as curvas da avenida Niemeyer até o Fashion Mall, em São Conrado. No Espaço Lundgren, ou melhor, no território Lundgren, que cresce a olhos vistos no shopping as novidades foram:

A coleção de outono da Fendi, completa com acessórios, a bolsa Palazzo, que celebra o quase um século da marca; o perfume Palazzo, lançado depois de muito tempo sem fragrâncias novas (preços de R$ 208 a R$ 406); as bolsas de logo em tela, saindo do padrão clássico do jacquard (bolsas Fendi desde R$ 1.500). Uma história: a multimarcas parisiense Colette pagou para ser a primeira vitrine que vai celebrar 10 anos da bolsa baguette, em março de 2008. Regina adianta o esquema da vitrine: toy arts nas mesmas cores das bolsas, que chegaram a ter 3.700 versões!


O Espaço vende também marcas nacionais, com Victor Dzenk liderando os hits. Agora fazem sucesso também as noivas da carioca-paulistana Emmanuelle Junqueira. São vestidos de renda, com véus em seda, “para quem casa na praia, em casa”, contou Emmanuelle, que começou justamente fazendo seu próprio vestido, há nove anos. Regina completa o look casadouro com o kit noiva, composto de buquê-pulseira, véu e terço da Rosana Bernardes.

Perto das lindas malas Samsonite internacionais está a vitrine das canetas e lapiseiras Graf von Faber-Castell. Feitas de madeira certificada, com banho de platina nos metais, honram a qualidade da indústria alemã. Há lapiseiras que já vem com várias borrachinhas e apontador; outras são da série limitada de Henry David Thoreau. A marca é de 1761, conta com assistência técnica e tem preços desde R$ 936. Detalhe: a própria Regina só escreve a lápis, e sempre comprou as lapiseiras da Faber-Castell.
Voltando à Fendi: Regina Lundgren e o marido, o Zito (Jorge) se orgulham de, mesmo com todos os altos e baixos do comércio e das importações, serem os únicos, juntamente com os representantes de Moscou, que foram mantidos em 10 anos da marca italiana. E há uma razão para a revitalização atual: a Fendi agora faz parte do grupo LVMH.


De novo, a avenida Niemeyer, rumo ao shopping Leblon. Cláudia Simões foi a primeira parada, para ver os vestidos com estampas de jardins de Burle Marx, os vestidos de seda com sanfonas em malha (vejam o preto e branco, na Ana Paula Barbosa),

as regatas de paetês. “Tudo agora brilha”, anunciou Cláudia. Nas vitrines, amigas e clientes, em fotos do Vicente de Paulo. Nos cabides, bons preços, como o vestido de malha com alças de lurex, por R$ 159. O hit, o vestido preto com paetês em nesgas, custa R$ 550. Alguns modelos curtos, outros quase nos joelhos. “As clientes já pedem o comprimento midi”, comentou a estilista, que também vestia regata de paetês, com calça de linho metalizado.

No mesmo andar da Cláudia, Raquel Chreem recebia no lojão da Alberta, com vitrines amazônicas, em defesa das florestas. Dentro, nas prateleiras e vitrines, muita coerência.

Os brincos da paulistana Beth Tokitaka são de prata com pendentes de penas caídas de pássaros exóticos. A bolsa-carteira da marca própria é double-face, com um lado em couro dourado e outro, em tilápia. “Tudo que é pele aqui, é de bicho que se mata para comer, e se aproveita a pele ou o couro também”, avisou Raquel, que recebia Christiane Torloni, Anna Capaldi(na foto, de saharienne), Beth Pinto Guimarães e outras maravilhosas.

Recomendo dar uma olhada nos vestidos feitos com sedas com estampas assinadas por Christian Lacroix e nos modelos desenvolvidos no Oriente, em tule com pérolas e contas em forma de gotas (preços entre R$ 1.500 e R$ 2.000). Nas prateleiras, bolsas Valentino, Yves Saint-Laurent, Givenchy, Donna Karan…mas gosto de ver que, como na Daslu, a coleção com a marca própria é muito boa. Raquel, na foto, de vestido verde, exibia o colar de correntes e cristais,com a etiqueta aparente, da Alberta.

A última parada no shopping Leblon foi na Sarah Chofakian. Ela ainda estava chegando, mas um compromisso a mais na nossa maratona forçou a pedir ajuda à Adriana Pedroso, estilista da equipe da Sarah. Adriana mostrou as bolsinhas da linha divertida, em forma de joaninha, elefante, cachorrinho, trevo ou coruja (desde R$ 198); as sandálias rasteiras com formas de gato, coruja. Os sucessos da Sarah aqui no Rio são as sandálias em prata velha; os modelos coloridos, com salto grosso fachetado, as rasteiras e os sapatos em couro natural manchado, com salto 5, “a cara do verão do Rio”, comentou a Adriana. Dá para notar que os sapatos da Sarah Chofakian vêm com uma qualidade de material e de design; parecem confortáveis, graças à forma, em geral arredondada.

Enfim, ainda deu tempo e ânimo de ir ao encontro de confraternização que a Marina Barros promoveu no 00, na Gávea. Como nesta semana acontece a feira ABAV, no Riocentgro, o evento máximo do turismo no Brasil, Marina recebeu o time de representantes e assessores da Flórida, incluindo Tampa, West Palm Beach, Miami e Orlando. Para 2008, teremos novos parques, mais shoppings e prédios modernos no lugar dos antigos, em Downtown Miami. Bom, para mim, qualquer motivo justifica uma ida a Miami.