Simples e complicado, sóbrio e ousado. Muito, muito bom o Jefferson! Lembrei direto das previsões da Premiere Vision para 2015, que anunciavam as mudanças em torno de volumes nas peças: um dos primeiros looks tinha a saia com um quadrado de relevinhos. Lembrou também a pesquisa do Pierre Cardin sobre tecidos com formas moldadas, que se chamavam Cardine, nos anos 1960. Em seguida, Jefferson mostrou vestidos quase secos, mas em tecidos fluidos e sedosos. Quase secos, porque séries de pregas reviradas percorriam os modelos, em cores contrastantes. Branco na base, com pregueado amarelo-cítrico, ou vermelho. Em comprimentos próximos dos joelhos, que completaram a elegância. Tão elegante, que o vestido de manga-só ficou convincente.

Forte: o colorido e a simplicidade. Na trilha minimalista de um Raf Simons (antes desta atual fase Dior) e uma Jil Sander.

E mais: uma pena, a sala vazia do Jefferson Ribeiro. Seria antes do desfile do Lino Villaventura, que teve a sala aberta para o público antes da hora. Muita gente correu para lá, com medo de perder o Lino. E perderam o melhor desfile da primeira noite do Dragão / estou curiosa para saber como a imprensa vai cobrir a Copa, com a internet precária neste país. Vai ter repórter usando o celular como roteador, trazendo aqueles modenzinhos portáteis (ainda existem?). Por enquanto, o wifi do Maracanã é muito bom. Quando a tropa da imprensa estiver toda usando ao mesmo tempo, vamos torcer que continue rápido