Maria Bonita
Um orgulho para a ala carioca da platéia, a beleza da coleção Maria Bonita, baseada nos regionalismos do Nordeste. Ao som do Dorival Caymmi passaram os macacões largos, de bolsos espaçosos, os chemises amassados, soltões, as calças e camisas em renda renascenca lilás. Tricôs feitos à mão cobrem vestidos de faixas como pinceladas, em fundo cinza. Os chapéus da Muggia parecem feitos de cordões, outro tema da coleção. Cordões ajustam blusões e macacões brancos. E os sapatos? Uma maravilha, o modelo oxford feito em palhinha.

Ficha: estilo: Danielle Jensen; acessórios: Arysalva Couto, Jailson Marcos; beleza: Celso Kamura (MAC); estampas: Pat Lobo, Raul Loureiro e Claudia Warrak; styling: Pedro Sales


desfile Alexandre Herchcovitch

Blue Man
Será que a Blue Man voltou, viu e venceu? Achei a platéia meio fria, em relação ao desfile. Cauã Raymond foi bem recebido, André Rezende, o surfista urbano bonitão estava no elenco de homens de sungões, setor em que a Blue Man é imbatível. A ala feminina veio com biquínis realistas, sem enfeites demais, em estampas de tecnologias digitais, padrões de bandeira de fórmula-1, grafismos, borboletas, quase todas em tons frios. Gostei da falsa superposição que fingia um biquíni preto e branco, mas havia uma Lycra cor de pele, completando um maiô. Foi moda praia autêntica, para quem curte praia.

Ficha: direção: David Azulay; estilo: Marta Reis e David Azulay; arte designer: Francisco Freitas; stylist: Felipe Veloso; beleza: Max Weber; sapatos: Louloux; trilha: Mauro Lima, Fabio e Fael Mondego