Reinaldo Lourenço

Mais um belo desfile do Reinaldo, mestre da alfaiataria, que enveredou pelo caminho do artesanato. Nem pensem que é bordadinho e fitinhas: trata-se de tecidos refeitos a partir de tressês de fitas, em forma de vime de palhinha, como bolsa de couro da Bottega Veneta ou em forma de flores. Lindos resultados, valorizados pela simplicidade dos modelos de inspiração 60 e nas bonecas de porcelana francesa. Nada preto, porque ele considera que é tempo de branco, o que abre um mercado de luxo, as noivas. Boleros, saias montadas em p;regas, com barras nestes tramados, bainhas que caem bem graças ao arremate de perolinhas, um lote de dourados para quem não se satisfaz com primores artesanais. Pode ser que alguma exigente torça o nariz para as barras tipo vime, porque não quer ser confundida com uma cadeira Thonet. Mas duvido que ela tenha algo contra os tressês de flores. São peças para pendurar na parede, como obras desta arte que é a moda

Intervalo / Bomba, bomba, com o diria o Zé Simão. Gucci Westman saiu da Lancôme Paris e assumiu a direção artística da Revlon. Para nós, consumidoras, é sinal de que a Revlon deve voltar a ser inovadora em maquilagem / outra bomba, detonada pelo Milton dos Santos, consultor do salão do Prêt-à-porter de Paris. Já que é reponsável pela descoberta de talentos na América Latina, o Miltinho esteve aqui em São Paulo e costurou uma parceria com entidades ligadas à moda brasileira. Quando estiver tudo assinado, revelo quais são / impagável, a Lu Lacerda. Ontem notou que a sola de sua bota western estava soltando. Imediatamente pediu a uma fotógrafa, a Clarissa, que registrasse o acessório, para publicar no seu site. Legenda: “eis uma bota descolada”, algo por aí. Adorei / Falando em botas, os modelos com estrelas e céus da coleção de inverno do Reinaldo enfeitavam pés de convidadas na platéia / a moda do chapéu começou pelo povo da moda. Pena que é cruel, sentar em uma cadeira atrás de um enchapelado