Iódice al mare, de novo

Em preto, azul e branco, muito azul em estampas e tecidos amassados, provavelmente metalizados, e o coral dos jardins submarinos, a Iódice deu provas de coerência, alongando o conceito de Atlântica da coleção vista para o verão, em São Paulo. Estampas com baleias mergulhando, calças com modelagem de sereias e os retorcidos dos vestidos curtos foram pretextos para a mensagem principal do alto-verão: muita transparência à vista.
Gostei do uso do neoprene em tops brancos, de corte quadrado. Ficou chique, sem vestígio de surfe.
Valdemar Iódice é um dos profissionais mais estáveis do mundo das grifes, e tem saído do gênero que vende muito, mas ninguém considera cult. É preciso prestar atenção no que ele faz, ainda que sempre tenha feito muito bem. Lembro de grandes desfiles em jeans, nos primeiros tempos da semana de São Paulo.

Intervalo / Ruddy e Betty Lago, na platéia da Iódice / aliás, tenho que dizer que é uma das mais confortáveis, no formato arquibancada, em que já sentei. Há espaço para bundas que não são de modelos, e um almofadinha circular embutida para cada convidado. Melhor, só com cadeiras individuais / bacana mesmo, a luminária em forma de Cristo Redentor na plataforma acima dos fotógrafos