São 139 anos de trabalho, a maior parte do tempo dedicada aos amados básicos dos nossos guarda-roupas: camisetas! Já foram simples, largas (a linha World T-shirt), justinhas ( as baby-looks), mangas encurtaram, cores mudaram. Agora, a notícia de uma transformação, da chamada reposição do produto faz da Hering uma marca ainda mais querida.

O lançamento do inverno, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, no quiosque Club Badalado, deu muito certo. Não havia modelos vestindo as peças, estava tudo no embalo dos ventos, em lugar de plateia, era o espaço com chão de pedrinhas, com as mesas do almoço. No entanto, bastou ver as propostas de vestidos estampados, a veste em príncipe-de-gales, da linha workwear, os macacões com botões, o loungewear de poás (para ficar em casa e sair até uma milha do lar. Tipo, ir na padaria, passear com o cachorro). Segundo Andrea Cavalcanti Ribeiro, que responde pelo estilo e planejamento como gerente de marca, a Hering pretende ser uma marca essencialmente democrática.

_ Criamos quatro coleções por ano, e elas são distribuídas por todo o país. O Brasil tem todos os climas ao mesmo tempo, há lugares com calor em julho. Trouxemos aqui a linha Moda, que já representa 50% da coleção. A maioria das matérias-primas é natural, usamos muito algodão e viscose, laminados em lugar de couros e a grade de tamanhos em geral vai do XP ao 46 ou 48.

Um dos vestidos estampados, de comprimento midi e decote recortado nas costas; o macacão com botões e o look da linha loungewear, que será um dos focos importantes daHering

Suéter em tricô chenile, objetivo: presente de Dia das Mães

Tricô com padrão geométrico/étnico, para um inverno ameno

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Andrea é uma das razões para o bom resultado que vimos. Pela paixão pela marca, onde trabalha há três anos e meio, depois de 15 anos pela Cori e Luigi Bertolli. E ela atribui muito da evolução ao Thiago Hering, atual diretor executivo da Cia. Hering, que sabe manter a tradição sem perder o caminho da inovação. Não se trata apenas de implantar uma diretoria de transformação digital, que vai tratar do b2b, do market place (para incluir a Hering em outras plataformas digitais): trata-se das eternas decisões inerentes à moda.

_ Como no verão, quando notamos o crescimento das cores fluor. Ele autorizou a produção e em 25 dias tínhamos uma coleção em fluor e tons pastéis! _ contou Andrea.

Quanto aos básicos tradicionais, não estão abandonados: pelo contrário, estão ganhando lojas-conceito! No Rio, ela fica no Recreio Shopping; em São Paulo abre no shopping Cidade Jardim.

A ala masculina também ganha mais moda. O terno jogger chic, em moleton, a estampa de camuflagem em folhas no hoodie, as várias camisetas com frases irreverentes (“sorry, I’m not listening”; “fluent in memes”; “less office, more nature”). E as bermudas, uniforme do brasileiro? São 30 modelos diferentes, desde a cargo até a de alfaiataria. Os cariocas fazem das camisas de viscose estampada o hit da marca no masculino.

Por fim, o ultimo toque democrático: os preços. Um belo vestido estampado por R$ 199,99; uma calça jeans, com um toque macio, custa a partir de R$ 159,99. Para itens de qualidade, com o aval de um nome como a Hering, são preços democráticos.

E mais / uma palinha das cores que se aproximam: no inverno 19, predominam os larajas, vermelhos e amarelos, todos em tons queimados. Mais os que são tratados como perenes, o preto, branco e os vários tons de mescla. Para o verão 19/20, tudo clareia! E os perenes continuam.