A tradicional  Pequena Sereia, do Hans Christian Andersen foi relançada em live action pela Disney. Live action mistura animação que você jura que é real (lembram da perfeição do Rei Leão?) e atores de verdade. Só isso é uma maravilha, ver as imagens do fundo do mar, as sereias batendo as caudas, os peixes. Outro lance é o princípio, quando um barco naufraga, uma caravela que lembrou das aulas de História, daqueles descobridores malucos que enfrentaram o Atlântico e o Pacífico em barcos semelhantes. Lá veio o Pedro Álvares Cabral, o Américo Vespúcio, o Cristóvão Colombo.

Mas voltando ao filme, antes houve muita discussão sobre o fato da Ariel ter que ser branca, mas a Hale Bailey está uma graça, com dreads ruivos, o rosto de boneca; o príncipe é meio mais ou menos, a Melissa McCarthy merecia uma participação maior como a polva Úrsula. Só que todos ficam ofuscados, quando aparece o Tritão, o Rei dos Mares, o Javier Barden, maravilhoso. 

Javier Barden, o Tritão, pai da Ariel

Mesmo que não curta a história (não tem o final da original do Andersen, deixem os lenços em casa), que não goste de live action, que odeie filmes baseados em desenhos animados de 20 anos atrás, vá ver. De preferência legendado e na tela grande do cinema, sem essa de esperar pelo Disney+. O Tritão vale sair de casa, pagar ingresso, comprar pipoca e assistir Pequena Sereia. 

E mais: Tenho dúvidas: como a Hale Berry filmou sem ser debaixo d´´água. Sim sim, há vários textos explicando a filmagem com fundo verde, bla bla. Mas ainda não pesquisei.

Outra: por que a ambientação é latina? As danças, os sotaquers (adoro Sebastian falando)

E os pedidos: curtas com o Sebastian e o pássaro. Outro com a caverna da Úrsula, talvez contando como ela chegou a irritar tanto o irmão Tritão