V. Rom, em música própria
Algumas pessoas têm isto, música própria. Estão sempre com fios pendurados nas orelhas, vivem baixando ritmos da internet, sabem tocar desde maracas até órgão de igreja. Este tipo de garoto foi a fonte das bermudas cargo e camisas xadrezes em rosas e azuis, os coletes e paletós em tramados e logos geometrizados. Dj’s, maestros, instrumentistas, cantores, todos os profissionais da música foram retratados e homenageados na passarela com direção criativa da dupla original da marca, Vitor Santos e Rogério Hideki. A V. Rom pertence ao grupo Cavalera, tem nos jeans os pontos fortes da estação, que admite também a lã e o moleton, malha vedete desta semana de lançamentos.
Destaque para os casacos oversize, com martingale ajustável nas costas. Os bolsões da Rainha poderiam ter um fundo menos claro, menos contrastante com as alças e reforços em verniz marrom. Os tênis e sapatos em couro gasto merecem atenção.
Rodapé / pela segunda vez, Ricardo Mansur desfila pela V. Rom, abaixo de gritinhos / Igor de Barros entra para a equipe de estilo da marca. O menino é bom / afinal, onde está a identidade dos músicos inspiradores? / só falta agora o Marcelo Sommer, estreando sua grife O Estilista.