Happy end com O Estilista
Marcelo Sommer, um dos personagens de mais identidade da moda brasileira, em apenas 10 anos de trabalho reuniu uma bela quantidade de ícones, fez desfiles históricos (como da vez em que fechou a rua Augusta), vendeu o nome para a C & A. A marca Sommer foi comprada pelo grupo Menegotti, de Santa Catarina. Para suprir a carência que sentia do clima de eventos, passarelas e platéias cheias, Marcelo inventou a grife O Estilista, que encerrou esta edição da São Paulo Fashion Week.
Foi um verdadeiro final feliz, às 22h30, pois reuniu os elementos conhecidos do passado dele. Era um apanhado da caixa preta, da mala carimbada de história de muito estilo e bom-humor: casacos de cobertor xadrez vermelho, conjuntos femininos de calças e casaquetos em tecidos bordados, tirados de toalhas de mesa e a estampa com símbolos da sorte – ferraduras, trevos de quatro folhas, flâmulas, números, dados. O melhor de toda esta redescoberta foi rever o talento do Estilista na montagem dos looks. Pela mão dele, todas as sobreposições são possíveis, porque nunca parece demais uma calça jeans estreita, uma bata de barra plissada, um casaquinho, cada um em uma estampa, tudo perfeitamente coordenado.
Diferente de muitos companheiros de métier, Marcelo tem propostas para várias faixas de idade e atitude. As camisas estampadas com lenços de seda no pescoço agradariam até avós de gosto clássico. Quem sabe, elas calçariam também os escarpins de verniz colorido, com fivela e sairiam muito modernas, com um cofre de porquinho transformado em bolsa dourada?
Rodapé / Tudo é brincadeira para Marcelo. Um dos patrocinadores era o Playcenter, que deu de brinde uma voltinha em uma montanha-russa / a ótima trilha contagiou o Supla, que cantava junto / uma cor bacana: verde Tiffany’s. E eu que jurava que era azul / Acabou bem a semana paulistana