Carlos Miele completou a primeira dezena de desfiles em Nova York. É um feito respeitável, mais ainda por ter na fila A editores importantes como Carine Roitfeld, da Vogue Paris, Suzy Menkes, do International Herald Tribune e Hamish Bowles, da Vogue America.
A partir de um olhar para suas inspiradoras, as Divas, as mulheres internacionais, Carlos mostrou 35 looks na tenda dentro do Bryant Park – outro forte sinal de prestígio na Olympus Fashion Week –na tarde de quarta-feira, dia sete.
Nota-se uma guinada em direção a “divas” realmente mais internacionais, já que Miele acrescentou mais tons escuros. Além do predominante preto, há berinjela, marinho, verde-esmeralda nas texturas dos cetins, jérseis, tafetás , couros de crocodilo e nas peles de vison. Deve ser a adaptação ao gosto de quem realmente precisa de roupa de inverno, e prefere cores mais neutras do que a eufórica cartela tropical. A carreira internacional obriga a estas mudanças, que só têm o risco de perda da identidade.
Em todo caso, Miele continua com um estilo sensual, ultra-feminino, mesmo quando troca os enviesados pela alfaiataria em couros. Até o DJ era francês, mais uma prova que o tempo dos batuques e cocares já passou.