Floripa Fashion
Recebo notícias da semana de desfiles da capital catarinense. O casal Grazi e Allan fez sucesso na coleção Renner. Merecido, porque Graziele Massafera é um amor, bonita e humilde, e o namorado Allan Passos enfrenta muito bem a passarela, sabe andar. Além das celebridades, a modelo Marina Lima deu o toque de classe. Como as coisas mudam, há alguns anos ela era o toque transgressor, graças às tatuagens.

Quanto às coleções, Tadeu Stangherlin parece ser o nome de linha conceitual que chama a atenção. Seus vestidos de tule vermelho e preto e os de tie dye com bordados homenagearam o pintor catarinense Victor Meirelles.
De Criciúma, veio a Katoomba, marca moderninha e jovem, no rastro da também catarinense Colcci. A fórmula skinny + vestido curto veio com aplicações de pele, polainas e luvinhas.
Marina Dias vestiu Rovian, com modelos despojados ou amplos, com detalhes dourados.
Outras marcas desfilaram em Florianópolis: French B, Conceito, Via Uno, TKTS, Oxto, Chilli Beans, Riachuelo, Scanner, Lilica Ripilica e Tigor. A Zoomp fechou o evento que anunciou o inverno no varejo de Santa Catarina.


Curiosidade
Sempre comento sobre viagens porque elas fazem parte da rotina do povo da moda. Enquanto voava na minha potrona 37J, bateu uma curisiodade. Recebo muitos comunicados sobre a excelente ocupação dos vôos das companhias internacionais para o Brasil. United, American Airlines, principalmente Air France, a que mais uso. Quer dizer, mesmo com tarifas promocionais (sempre mais caras do que as praticadas nas rotas do hemisfério norte, por exemplo), pagamos alto e lotamos os aviões.
Minha pergunta: por que os aviões que vêm para cá são de antepenúltima geração? Na Air France, já tivemos o Airbus, que era confortável, com telinhas individuais até na classe econômica. De repente, talvez para aumentar o número de passageiros, começou a vir o Boeing 747, um modelo mais antigo.

Bom, ok, é um Jumbo, um belo avião. Mas por que será que, mesmo chegando na hora certa, ou até antes, temos que taxiar num ponto remoto, sem tubo? Quando finalmente chega o ônibus para levar ao terminal, é um carro comum, que não tem elevador para apanhar os passageiros diretamente nas portas. Já repararam na altura do Jumbo? A escada tem trocentos degraus, um estorvo para quem chega espremido depois de 11 horas de vôo. Depois, claro, roda-se em pé no tal busum quase meia hora (pelo menos é o que parece) até o terminal.

Na volta, a mesma coisa. O mesmo terminal E de Paris. À noite, só há partidas para o Rio, Buenos Aires e Libreville. O que significa poucas opções de comida, uma banquinha de revistas, a loja dutyfree e olhe lá.

O que vocês acham que pode ser este tratamento que não combina com os resultados obtidos pelas empresas nos vôos para o Brasil?

Para elogiar, escolho as duas tripulações das noites de 19 de fevereiro (digna de uma Primeira Classe) e 7 de março (bem-humorada sem deixar de ser atenta. Uma das comissárias detectou e advertiu severamente um passageiro que fumava no banheiro) . A equipe do controle de segurança do terminal, que apesar de rígida, era solidária com a decepção de quem deixava garrafas de vinho, perfumes e pinças de estimação.
E não podia faltar a comilança. Uma delícia, o picolé da Hägen Daaz que ficou à disposição durante a noite inteira, na galley durante a volta ao Rio.

Para terminar, talvez seja uma questão de auto-estima, nos importamos pouco com estas coisas. Lembrei mais ainda desta minha curiosidade quando acompanhei as notícias da visita do presidente Busch. Será que ele veio nos convencer que o etanol de milho é melhor do que o de cana-de-açúcar? Nada contra milho, muito menos contra os Estados Unidos, mas nós começamos primeiro com esta história, temos gerações de carros rodando com álcool no tanque, e se a cana resolveu até agora, ótimo. Quem quiser fazer etanol de banana, que faça. Mas não diminua o mérito do produto brasileiro.