Lindo, luxuoso e fácil, o estilo do verão deste indiano que merece todos os patrocínios que ganha: cria cartelas de cores para a MAC e tem direito a todos os cristais Swarovski que consegue aplicar nas roupas. Digo que é fácil porque basicamente lançou túnicões e vestidos cortados na cintura, usados sobre calças estreitas ou leggings transparentes franzidos na barra. Daí, haja bordado, estampas de elefantes e arabescos, foil douradíssimo em estampa de onça e tigre. Chega ao exagero das calças também douradas. Há aplicações holográficas sobre túnicas pretas, apenas algumas, no final do desfile.
Deu saudade da novela Caminho das Índias, com aquelas dancinhas e o figurino da Emilia Duncan
intervalo / infalível: quando a gente se acha, crente que sabe tudo, dá com os burros n’ água (adoro esta expressão, de onde pode ter saído? Uma caravana de burricos?). Corro para a Belas Artes, para ver o Manish, disparo pelas escadarias do metrô, ando deslizando pelas calças molhadas de chuva. Moleza, a Belas Artes, na rue Bonaparte. Entro a toda, arrancando o convite da bolsa, aceno pros seguranças. Ah, ali não é a entrada, hoje. Tem que seguir até o cais, ou a rua ao longo do Sena. Burros n’água do Sena, tem que correr mais meia quadra / salas lotadas, em geral. Quem tem menos de 1,70m e não está em fila A, melhor ficar em pé, se pretende ver algo. Cansar é palavra out do dicionário.