Vai ver, já estava voltando há muito tempo, mas só agora fui conferir a quantas andava a Babilônia Feira Hype instalada no clube Monte Líbano. Que boa surpresa: são 170 expositores, mais uma turma de quitutes (uau, palha italiana, brownies, orgânicos de cara muito boa) e artes plásticas, e tudo com coisa bacana! E preços ainda mais bacanas – pelo que andei perguntando, o limite anda em torno dos R$ 80!!

Gostaria de ter revirado todos os espaços, mas como fui com a missão de participar de um talk show em torno da abertura do Museu da Moda Brasileira, na Casa da Marquesa de Santos, consegui ver apenas parte das coleções. E já valeu para confirmar que a BFH continua um criadouro de estrelas.

Vejam alguns motivos para ir ao Monte Líbano hoje, domingo, dia 12 de abril, até 22 horas:

Fotos Ines Rozario 

Luminárias de fibra de pupunha, lindas, em formato cilíndrico ou metade, para parede, na Kaapora

Caio Braz

Há uma forte investida na moda masculina. A Mesclado tem camisetas com estampas assinadas por artistas plásticos; a Mupa, quase toda em preto e branco, com chão que lembra pecinhas de Lego; a Cabron também em preto, branco e cinza, com lindas estampas de aquarela nas camisetas. Caio Braz com tênis e espadrilles de tecidos estampados. Na Aktory, além de camisetas, há bermudas e acessórios. Uma t-shirt com estampa do Coringa vende loucamente…para a mulherada!

 

Salt&Pepper

Para consumo feminino, tem para todos os tipos. Na Salt&Pepper, que vem de Porto Alegre, a Roberta traz estampas exclusivas e africanas – lindo, o quimoninho afro. Também da minha terra, Porto Alegre, vem a Budha Khe Rhi, que convenceu as gaúchas a usarem alpargatas estampadinhas e traz cardigãs leves. Já houve tempo em que bombachas, lenços vermelhos no pescoço e alpargatas eram consideradas bregas. Ou melhor, gaudérias, coisas de tradições locais, desprezadas na época. Depois do sucesso de músicos como os irmãos Cleyton e Cledir, que só faltava cantarem empunhado a cuia de chimarrão, as tradições viraram cool. E volta o conforto das alpargatas, moda no mundo inteiro.

atelier pepita

Além das peças inspiradas nos anos 1970, a Mork tem notícias animadoras: junto com a Nidas (moda praia) e o Atelier Pepita (pulseiras) está com uma pop store no prédio Ipanema 2000.

 

Liv

Sophos Rio

Também na área joias/bijus, vi a Hilo, com pratas e turquesas, a Butique Verde, com belos colares de resina e dormentes de ferro reciclados; a Soul Rio, com temas do Rio em cordões e pingentes de prata e a Sophos Rio, que trabalha com 40 sobras de madeira da Amazônia em peças de marchetaria. Um brinco de mogno custa R$ 10. Na Liv as pratas são banhadas com ródio negro. Belos colares.

Raissa, da Brazis

Segundo Fernando Molinari, um dos organizadores do evento, juntamente com Robert Guimarães, algumas marcas prometem se tornar futuras Farms (que virou grife de sucesso a partir da BFH). Uma delas é a Bazis, da Raissa, que está lotando o espaço com as clientes em busca dos vestidinhos com recortes e a saias com fendas. “É moda com pegada sexy, mas zero vulgar”, definiu a loura Raissa.

Ao lado, a provável origem de uma febre carioca, a Flores de Lichiia, onde se encontram as tiaras de flores, headbands (a partir de R4 25) e os turbantes lindos (R$ 30).

Isaac

De Minas, chega o talento artesanal da grife Isaac, transformando camisetas e regatas com técnicas de tingimento e aplicações de rendas e bordados. Tudo, costuradinho, tratadinho, feito à mão!

Fatto a Mano

E Fatto a Mano lembra o estilo de acessórios da Alice Tapajós, com as bolsas feitas de tricô, com fechos vintage, lindas.

Salsa Carioca

Na moda praia, vale ver a Salsa Carioca, que tem maiôs e biquínis pintados à mão ou em estampas inspiradas nas praias dos anos 1950 e 1960  do Rio. E a Litori (versão mais próxima do mercado internacional, da palavra Litoral. Gostei do nome), da Camila Borges, que tem um argumento ótimo para a grande variedade de estampas. “As cariocas vão à praia em grupos, e não gostam de ver as amigas com biquínis iguais aos seus!” – comentou, cheia de razão. O body é alternativa para o inverno, agora com mangas longas. “E vão da praia para as noitadas”, completa a Camila, que tem a Litori há três verões e pretende cruzar as fronteiras internacionais. Argumentos não faltam.

Honey Peppers

Para bebês, dá vontade de comprar tudo! Cada body mais engraçado que o outro. Na Honey Peppers e na Little Birds, fofuras irresistíveis, por preços em torno dos R$ 35. Para brincar, macaquinhos feitos de meia, desde R$ 35.

Avulsa

campanha das bikes

A Feira Hype segue a onda dos trucks, só que é a FashionBike Avulsa, que vende calcinhas e cuecas maneiras, a partir de R$ 28. Falando em bikes, a feira apóia a campanha que protege as bicicletas, e ao lado, um estande vende adoráveis bolsas de tecido, próprias para levar nas bikes.

Viva

A Viva, com a linha Mystic Soul e a Dash estavam repletas de compradores, assim como a kombi de moda estacionada logo na entrada do Clube Monte Líbano.

 

A atual versão da Babilônia Feira Hype, que festeja 18 anos de atividades, é inspirada no agito da Bread & Butter alemã e no lado prático e diversificado da Oro Diseño, de Buenos Aires. Em breve, o evento atravessa a baía e se instala no Clube Naval de Niterói. Será que não esvazia a versão carioca? “Que nada: há muita moda por lá, muitas marcas diferentes”, respondeu o Fernando. Pelo jeito, lá vamos nós, de barca ou de ponte, para ver as novidades niteroienses.