A Rosa Chá volta à praia brasileira. Depois da venda para o grupo Marisol, Amir Slama concentrou o marketing no desfile em Nova York (na foto, um dos modelos vistos em Manhattan) Mas espera: onde fica a praia que é referência para o mundo, em matéria de moda? No Brasil, mais precisamente no Rio. Acho que existem outras maravilhosas por aqui, como Maresias, Camboriú (horrível, chamar de BALNEARIO Camboriú), Porto de Galinhas, Placafor, etc, mas nenhuma supera a curvinha de Copacabana ou o visual de areia de Ipanema. Por motivos que variam desde acesso difícil até uma mosquitada infernal.
Portanto, volta a Rosa Chá a desfilar por aqui, no Sheraton da Niemeyer, com o tema pôr-do-sol. Aguarda-se agora o investimento (que nunca houve) nas lojas. Afinal, uma grife com porte internacional tem que ter espaços à altura. Ali mesmo, no Fashion Mall, tem a inspiração na Le Lis Blanc, na Club Chocolate, na Huis Clos. Ah, moda praia não sustenta loja grandona? Então a referência pode ser a Blue Man, no Rio Sul, que ficou lindona, estilo espetáculo, sem medo.
Vamos ver o desfile do Amir e conferir.

foto Marina Sprogis

Faltam 31 dias para o Fashion Rio


As estrelas que devem vir (falo devem, porque elas podem cancelar na véspera, se pintarem contratos melhores pelo mundo): Camila Finn, Daiane Conterato, Carol Pantoliano, Bruna Tenório, Viviane Orth e o lindão André Ziehie, que está na capa da revista alemã, (à esquerda) na campanha da D Squared com a Carol Trentini e a Raquel Zimmermann, fez a próxima do Armani. Também andou pelas páginas e outdoors da Vuitton e participou do clip da Fergie.

O fim das anoréxicas

Sinceramente, cansei deste papo de modelos magras demais, anoréxicas. Primeiro, porque depende das famílias o controle da saúde das filhas, mesmo que da esqueletice delas dependa a melhora financeira da casa. Segundo, toda profissão exige sacrifícios. Um pianista sofre de tendinite, uma bailarina pena com hérnias e artroses, uma secretária tem coluna arruinada, um militar fica surdo em pouco tempo.
Modelo tem que ter um corpo-cabide, infelizmente. Claro que todas nós, fora de forma, adoraríamos ter o aval dos estilistas para nos acabarmos nos brigadeiros e pizzas.Só que não compramos roupa de quem fotografa menina gordinha. Caso contrário, as marcas de tamanhos grandes teriam um sucesso muito maior.
De tanta reclamação, as grifes e as revistas estão partindo para o still. Isto é, fotografa-se a roupa na boneca ou no cabide, recorta-se no Photohop e publica-se. Agumas conseqüências desta estratégia são previsíveis: redução do mercado de trabalho para as modelos, as magrinhas lindinhas; falta de identidade da consumidora com a marca. Uma vantagem: aumento da venda de alfinetes para ajustar as roupas nas bonecas, de fio de nylon (que segura as alças das bolsas) e possibilidade de montar uma produção em qualquer lugar.
Ainda prefiro trabalhar com gente, ainda que magrinha. Até porque nas minhas produções, as meninas comem muito. São sortudas mesmo.